A Câmara de Vereadores de Esteio e comunidade local querem explicações da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, sobre a emissão intensa de fumaça de coloração escura que assustou a vizinhança no último domingo. Em sessão nesta semana, os vereadores decidiram que ofícios serão encaminhados à refinaria, à Prefeitura de Canoas e também à Secretaria de Meio Ambiente de Esteio, bem como providências solicitadas à Patrulha Ambiental e a Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fepam) em função da emissão de poluentes. O vereador Sandro Severo, que busca informações sobre os programas e planos de risco e de emergências da empresa, em caso de alguma catástrofe, diz que o Ministério Público também será acionado.
A dona de casa Eunice Pereira da Gama, 42 anos, que mora no bairro São Sebastião, próximo à refinaria diz que todos os dias sai fumaça das chaminés. “Mas nunca de forma tão intensa como no último domingo. Ficamos assustados e apreensivos. Não parecia normal.” Em nota, a Petrobras informou que por volta de 12h de domingo (5) interrompeu preventivamente a operação de parte das unidades da Refinaria Alberto Pasqualini devido à falta de energia e de vapor decorrente do desligamento do seu sistema de caldeiras. O problema já foi resolvido e as unidades já foram colocadas em operação. A parada ocasionou uma maior intensidade na chama da tocha da refinaria, situação normal em caso de paradas preventivas de segurança. O incidente não acarretou danos às pessoas e ao meio ambiente, informou a refinaria.
Na próxima terça-feira, às 15h, a Comissão de Saúde, Meio Ambiente e Assistência Social da Câmara de Esteio deve se reunir com representantes da refinaria. O encontro será na Sala de Comissões da casa legislativa e será aberto à comunidade. Na ocasião, serão questionados além da excessiva queima de resíduos e possíveis riscos à saúde, quais são os programas de compensação.
Fernanda Bassôa