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Verão

Especial

Videomonitoramento é aliado contra pichadores que “redesenham” o Centro da Capital

Dois jovens foram detidos pela Guarda Municipal, após câmeras de segurança flagrarem ato de vandalismo

Locais nas proximidades da Usina do Gasômetro costumam ser alvos | Foto: Ricardo Giusti

Comece ou termine o ano, um problema se mantém constante, principalmente, nas grandes cidades e Porto Alegre não fica de fora: vandalismo por meio de pichações. Os locais são os mais variados, desde muros comuns a prédios e obras de arte que são patrimônios históricos. Até mesmo postes de energia se tornam alvo dos vândalos. Como foi o caso, ocorrido na última terça-feira, quando dois pichadores foram detidos pela Guarda Municipal no trecho 1 da Orla do Guaíba.

A pichação em um poste localizado ao lado da Usina do Gasômetro foi flagrada pelo sistema de câmeras de segurança da prefeitura. Com os jovens, de 17 e 18 anos, foram encontrados nove pincéis atômicos. A Orla dispõe de um posto avançado da Guarda Municipal e uma rede de videomonitoramento, composta por 74 câmeras de segurança. Acionada, a Ronda Ostensiva Municipal (Romu) da Guarda Municipal realizou a abordagem. O menor de idade foi conduzido para a Divisão Especial da Criança e do Adolescente (Deca), enquanto o outro detido foi encaminhado para 2° Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento.

Segundo o secretário municipal de Segurança, coronel Mário Ikeda, investimento em tecnologia potencializam o combate ao vandalismo. “Assim, estamos fortalecendo ainda mais a corporação propiciando melhores condições para atuação dos agentes na defesa do patrimônio público”. Somente em 2022, a Guarda Municipal prendeu dez pichadores na Capital, o mesmo número do ano anterior. “Seguiremos juntos com os órgãos de segurança e fiscalização trabalhando pelo bem da cidade”, disse o comandante da Guarda Municipal, Marcelo do Nascimento.

Basta circular pela área central da Capital para identificar prontamente uma ‘paisagem’ que o cidadão, de modo geral, não gosta de apreciar. Na mesma orla do Guaíba, luminárias, lixeiras e até mesmo placas indicativas do “Telefone Vermelho”, que deve ser acionado em caso de urgências e emergências médicas no local, ganharam contornos no tom do vandalismo. “É um absurdo. São as próprias pessoas que destroem o próprio espaço”, critica o dentista Tadeu Sampaio, freqüentador das proximidades. Nesta quarta-feira, foi a vez de um abrigo de ônibus ser pichado, próximo à Usina do Gasômetro. Este é um dos cem novos pontos instalados em novembro de 2022 pela concessionária Eletromidia, que precisou fazer a manutenção do local.

Na Praça da Matriz, localizada próximo à Assembleia Legislativa e o Palácio Piratini, os vândalos marcaram ponto pichando o Monumento a Júlio de Castilhos, tanto na base quanto em pontos mais altos da edificação. Outros cartões-postais da cidade passaram por situações parecidas nos últimos meses, como o monumento a Carlos Drummond de Andrade e Mario Quintana, na Praça da Alfândega, em julho passado, e o Largo dos Açorianos, entre o Centro Histórico e a Cidade Baixa, em setembro.

Imóveis privados não ficam imunes aos atos de pichadores. Muros e fachadas de residências e empresas, inclusive andares mais altos, estão “redesenhados” em diversas ruas do Centro, como Bento Martins, Duque de Caxias, Fernando Machado e Andradas.  

Christian Bueller