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Defesas fazem últimos apelos a favor dos réus

Período de duas horas foi dividido pelos advogados dos acusados pela morte de Bernardo

Defesas fazem últimos apelos a favor dos réus | Foto: Mauro Schaefer

Com o período de duas horas de tréplica, as defesas se intercalaram, no início da tarde desta sexta-feira, para fazer as últimas manifestações em relação a cada um dos quatro réus. A defesa de Leandro Boldrini, Rodrigo Vares, que foi a primeira a falar, defendeu a inocência do seu cliente. “Jamais ouvirão de minha parte qualquer menção desrespeitosa à memória do filho de meu cliente”, afirmou Rodrigo Vares. Considerou equivocada a atitude policial durante as investigações. “Partiu da premissa que ‘Leandro é um mau pai, não cuida, não fala com o filho, é frio, logo Leandro é culpado'. Premissas equivocadas”, enfatizou a defesa.

O advogado contariou o discurso de que Leandro Boldrini não procurou a polícia de imediato por ser culpado. Segundo representante, se fosse culpado, o réu iria à delegacia para parecer inocente. “Não há como os senhores afirmarem sim à acusação de Leandro Boldrini em todos os crimes que lhe foram imputados”, assegurou advogado aos jurados. No término, os advogados de Leandro o chamaram para a frente dos jurados e afirmaram: “a opinião pública está entre vós, expulsai-a, essa intrusa”, fecharam.

O segundo a manifestar-se foi Vanderlei Pompeo de Mattos, advogado de Graciele Ugulini. “Estamos em frente, com certeza, de um homicídio culposo”, afirmou ele, que quer mudar a acusação à Graciele, que é acusada por homicídio doloso. “Estou aqui defendendo aquela guria lá, minha conterrânea de Santo Augusto. Que pague, mas pague o que deve. Não venham colocar inflação”, afirmou Pompeo de Mattos.

Gustavo Nagelstein e Jean Severo, advogados de Edelvânia Wirganovicz, falaram na sequência. “Nem sempre o Ministério Público, com essa gana de colocar todo mundo a cadeia, está certo”, questionou Nagelstein. “É evidente que a Edelvânia e o Evandro, em hipótese nenhuma, se todos condenados, não podem receber as mesmas penas que o pai e a madrasta”, apontou o advogado. Nagelstein finalizou a defesa afirmando que sua cliente deve ser condenada pelo crime de ocultação de cadáver, mas absolvida do homicídio. Tese da defesa é de que isso também seria uma maneira de garantir a ré uma pena menor do que a de Leandro Boldrini e Graciele Ugulini.

A última manifestação da defesa foi de Luiz Geraldo Gomes, advogado de Evandro Wirganovicz. "O crime é bárbaro, quem fez tem que ser culpado, mas não podemos submeter aquele (Evandro) que está lá a uma realidade dessas Não há qualquer vinculação da presença dele no processo", ressaltou Gomes. O advogado contestou as acusações que tentam incluir o seu cliente no crime. Além de Evandro, seu advogado Luiz Geraldo Gomes chorou ao falar que seu cliente está preso há cinco anos “com base em nada”.

Henrique Massaro