Além disto, outros 175 funcionários deverão ter suspensão de contrato de trabalho por quatro meses. Eles participarão de qualificação, com bolsa do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O trabalhador deve ter 75% de presença no curso. A empresa irá complementar a bolsa até chegar ao valor do salário do trabalhador. Ao término dos quatro meses, ele tem a garantia de, pelo menos, mais quatro meses de contrato. Os temporários terão transporte e não haverá a interrupção do 13º salário. Esta proposta deve ser votada em assembleia no dia 29 de abril.
Segundo João Roque, a empresa iniciou as negociações no começo da semana, com a previsão de demitir 300 trabalhadores. “Sempre estoura no trabalhador. Os recordes de vendas não conseguiram gerar um acúmulo nem para a primeira crise que surge. Depois de muito esforço, foi nesta solução que conseguimos chegar”, conta.
Hoje a planta da AGCO em Santa Rosa conta com 700 metalúrgicos, na produção de colheitadeiras. Segundo o presidente do Sindicato, a empresa alega queda drástica no volume de produção. A empresa emitiu nota acerca da reestruturação.
Confira a íntegra do documento
A AGCO analisou diversos cenários de atuação diante da queda de vendas de todo mercado de máquinas e equipamentos agrícolas, e para atenuar os impactos, nos últimos meses não mediu esforços ao adotar ações de contenção e alternativas que minimizassem os efeitos negativos que têm afetado o setor. Apesar do contínuo empenho, a empresa ajustará suas demandas internas em relação ao mercado, via Plano de Demissão Voluntária na unidade de Santa Rosa (RS) e ainda negociou com o Sindicato proposta de layoff que será submetida a aprovação dos funcionários em assembleia nas próximas semanas.
Após, a companhia deverá obter maior sinergia de processos e de atividades, para seguir atuando de maneira sólida, com excelente nível de produtividade cumprindo seu compromisso de levar aos seus clientes as mais modernas tecnologias agrícolas.
Felipe Dorneles