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Verão

Especial

Banco Central projeta alta de 3% para o PIB do Brasil neste ano

Informações constam no relatório do quarto trimestre deste ano sobre tema

| Foto: Raphael Ribeiro / BCB / Divulgação / CP

O Banco Central voltou a aumentar a sua estimativa para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 e reduziu as chances de a inflação estourar a meta - o que, se confirmado, interromperá uma sequência de dois anos longe do limite a ser perseguido pelo BC. A previsão para o PIB no ano passou de 2,9% para 3% (em setembro, a autarquia já havia revisado o dado de 2% para 2,9%), com base na avaliação de que a agropecuária e o setor de serviços devem apresentar avanço mais forte do que o previsto até então.

A projeção do BC está pouco acima das estimativas feitas pelo mercado para o nível de atividade geral do País, de 2,92%, segundo o último Boletim Focus. Para 2024, porém, a estimativa caiu de 1,8% para 1,7% - ainda assim, mais alta do que o 1,51% projetado por bancos e consultorias.

Ainda pelo relatório apresentado nesta quinta-feira, com as estimativas do mercado e do Comitê de Política Monetária (Copom) para a inflação convergindo para o teto da meta, a chance de um terceiro estouro consecutivo em 2023 caiu significativamente nas contas do BC: hoje a probabilidade de a inflação deste ano ficar acima do teto da meta (4,75%) é de apenas 17%, ante 67% na projeção divulgada em setembro.

No ano até novembro, o IPCA acumula alta de 4,04% e, nos últimos 12 meses, de 4,68%. O BC projeta 4,6%.

Selic

Em entrevista nesta quinta-feira para detalhar as novas projeções, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que, apesar da sinalização dada de manutenção de cortes de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros (Selic) nas próximas reuniões, o Copom reavalia esse ritmo a cada encontro. "Não garantimos nada. O que dizemos é que, com as variáveis que temos hoje, entendemos que o ritmo adequado é de corte de 0,50 ponto. E ‘próximas reuniões’ significa as duas próximas reuniões."

As duas próximas reuniões do Copom estão marcadas para o fim de janeiro e meados de março de 2024. Na interpretação do mercado, a declaração de Campos serviu para reforçar uma visão cautelosa do BC brasileiro, no momento em que os analistas no exterior veem a possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciar cortes de juros já no curto prazo - o que pode influenciar as decisões sobre as taxas no Brasil. "Ele reiterou a postura de cautela do Banco Central, na qual a condução da política monetária no Brasil está mais em aberto e depende de dados econômicos", disse o ex-presidente do BC e presidente da Tendências Consultoria, Gustavo Loyola.

Estadão Conteúdo