Quem costuma passar pela Estação Mercado da Trensurb, em Porto Alegre, estranhou a movimentação no guichê de uma companhia aérea que fica no local nesta sexta-feira. Clientes faziam fila para aproveitar as promoções da Black Friday, com descontos em passagens para destinos nacionais e internacionais.
O produtor cultural Luciano Paiva aproveitou para garantir duas passagens para clientes que realizarão um show na Capital gaúcha. “O atendimento direto é confiável, estamos lidando direto com a companhia aérea, passa uma segurança”, opina. Ele estima ter economizado cerca de R$ 1.700 em sua compra. “Em época de Black Friday, em tempos que as passagens aéreas estão mais caras, é preferível sempre procurar promoções confiáveis, lidando direto com a companhia”, aconselha Paiva.
Luciano Paiva comprou duas passagens aéreas. Foto: Mauro Schaefer
Se em alguns lugares o movimento era acima do normal, em outros, a expectativa alta pelas vendas não se cumpriu. “Teve diferença no movimento, mas de forma negativa. Esta semana não está sendo como nos outros anos. Comparando com semana passada até está melhor, mas não está bom, está menos ruim”, lamenta Mariano Júnior, gerente de uma loja de roupas na avenida Otávio Rocha.
Conversando com colegas de outras lojas da região, o gerente chegou a conclusão que os colegas de profissão concordam com sua avaliação. “O pessoal está muito indeciso em gastar ou não. Comparado a outros anos, as compras tem sido mais em cartão, o dinheiro não está aparecendo, isso por que a maioria ainda não recebeu o 13º”, explica.
Apesar disso, a expectativa de especialistas para o balanço da data é positiva. A data deverá registrar o maior movimento financeiro desde que foi incorporada ao calendário do varejo nacional, em 2010, de acordo com projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A expectativa é que o faturamento chegue a R$ 4,2 bilhões, um aumento de 1,1% em relação ao ano passado, descontada a inflação.
Giullia Piaia