Os Brics não discutiram quanto cada um vai colocar no fundo virtual, mas aqueles com reservas maiores contribuirão mais, afirmou o ministro. O arranjo permitirá aos bancos centrais fazerem empréstimos emergenciais para ajudar a manter os mercados com liquidez. "Esse é um passo na direção do aumento na confiança", frisou Mantega após encontro dos líderes, realizado antes da reunião formal do G-20. "Esse é o tipo de mecanismo que fortalece as finanças internacionais."
O aumento da confiança é um esforço necessário porque a economia global está piorando e os países europeus não conseguem convencer os mercados financeiros que suas soluções funcionarão, conforme o ministro. Segundo ele, economias em todo o mundo precisam de mais estímulo e gastos com investimentos para alavancar o crescimento e reconquistar a confiança dos mercados e da população.
Os países emergentes querem que o G-20 endosse mais este tipo de gasto, mas não está claro ainda se isso acontecerá. "Vai depender dos países desenvolvidos", explicou o ministro. "Esperamos que os países avançados adotem mais medidas de estímulo." Os países concordaram também com o aumento de suas contribuições para o Fundo Monetário Internacional (FMI), para dar à instituição mais poder de fogo para ajudar os países em dificuldades financeiras. Quatro dos cinco integrantes do Brics já decidiram valores e datas, e podem anunciar as medidas durante a reunião do G-20.
AE