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Copom antevê outro ajuste de 1 ponto porcentual na Selic na próxima reunião, diz BC

Comitê do Banco Central também alertou que a evolução da variante Delta adiciona risco à recuperação da economia global

| Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil / CP

Ao aumentar o ritmo de ciclo de alta da Selic, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avisou que pretende manter o pé no acelerador. O colegiado elevou nesta quarta-feira a taxa básica de juros em 1,00 ponto porcentual, de 4,25% para 5,25% ao ano, e já sinalizou um novo aumento de mesma magnitude na próxima reunião.

Com isso, a Selic pode chegar a 6,25% já em setembro. "Neste momento, o cenário básico e o balanço de riscos do Copom indicam ser apropriado um ciclo de elevação da taxa de juros para patamar acima do neutro", destacou o Copom. 

Apesar dessa sinalização em manter o novo ritmo de aumento da taxa em 1 p.p. - após três altas de 0,75 p.p. - o Copom enfatizou que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação. Mais uma vez, o colegiado afirmou que as próximas decisões dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária.

Evolução da variante Delta adiciona risco à recuperação

O Copom também alertou que a evolução da variante Delta de Covid-19 adiciona risco à recuperação da economia global. "O Comitê avalia que, a despeito dos movimentos recentes nas curvas de juros, ainda há risco relevante de aumento da inflação nas economias centrais. Ainda assim, o ambiente para países emergentes segue favorável com os estímulos monetários de longa duração, os programas fiscais e a reabertura das principais economias", acrescentou o BC, sobre o cenário externo.

Já no ambiente doméstico, o Copom limitou-se a comentar que os indicadores recentes continuam mostrando evolução positiva e não ensejam mudança relevante no cenário de recuperação robusta do crescimento econômico ao longo do segundo semestre.

Inflação ao consumidor continua se revelando persistente

Após insistir durante meses que a subida da inflação no Brasil era temporária, o Comitê admitiu que a alta dos preços ao consumidor "continua se revelando persistente". 

"Os últimos indicadores (de inflação) divulgados mostram composição mais desfavorável. Destacam-se a surpresa com o componente subjacente da inflação de serviços e a continuidade da pressão sobre bens industriais, causando elevação dos núcleos. Além disso, há novas pressões em componentes voláteis, como a possível elevação do adicional da bandeira tarifária e os novos aumentos nos preços de alimentos, ambos decorrentes de condições climáticas adversas. Em conjunto, esses fatores acarretam revisão significativa das projeções de curto prazo", justificou o Copom. 

O colegiado reiterou que as a diversas medidas de inflação subjacente apresentam-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação. Ainda assim, o balanço de riscos do Copom segue com fatores em ambas as direções. De um lado, o comitê apontou que uma possível reversão parcial do aumento dos preços de commodities em reais pode produzir uma inflação menor que a esperada.

Por outro lado, permanece o risco de que o prolongamento de medidas fiscais de combate à pandemia possa piorar a trajetória fiscal e elevar os prêmios de risco no País. Além disso, mesmo com a melhora recente dos indicadores da dívida pública, o BC considera que o risco fiscal continua elevado, criando uma assimetria altista no balanço de riscos.

Mais uma vez, o Copom reforçou que perseverar no processo de reformas é essencial para a recuperação sustentável da economia. "O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia", repetiu o comunicado.

AE