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Dólar fecha em queda de 1,81%, maior desvalorização em 17 dias

No mercado à vista, moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 5,35; em 20 de dezembro, diminuição registrada foi de 1,97%

Dólar fechou em baixa nesta quarta-feira | Foto: Stephen Bayer / AFP/ CP

Na contramão do exterior, o dólar teve forte queda frente ao real nesta quinta-feira, de 1,81%, a maior desvalorização percentual diária desde 20 de dezembro, quando havia registrado diminuição de 1,97%. Investidores ajustam posições na esteira da disparada da moeda no início da semana, reverberando ainda os acenos do novo governo à manutenção de reformas e de outras medidas de gestões anteriores.

No mercado à vista, a moeda dos Estados Unidos fechou o dia cotada a R$ 5,3527 na venda. "Os mercados seguem dando ao governo o benefício da dúvida. A 'operação abafa' deu algum resultado. Hoje descolamos para o bem, em bolsa e câmbio, em relação ao mundo", disse, em publicação no Twitter, Sergio Machado, sócio da NCH Capital.

Os comentários dele fazem referência a uma série de declarações de ministros de Lula nos últimos dias, que investidores interpretaram como acenos com a intenção de acalmar os mercados, depois que o real e o Ibovespa foram derrubados acentuadamente nos primeiros dois dias do novo governo.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, por exemplo, na terça-feira afirmou que não há nenhuma proposta sendo pensada para a revisão de reformas, incluindo a da Previdência. Com a declaração, ele contradisse o novo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que havia criticado, no início da semana, mudanças no regime previdenciário feitas durante a gestão de Jair Bolsonaro. Lupi sinalizou que parte delas poderiam ser revistas, o que havia azedado o humor dos investidores.

Já o senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado para comandar a Petrobras, falou que não haverá intervenção nos preços dos combustíveis, o que tem impulsionado as ações da estatal desde quarta-feira.

Investidores também atribuíram o tombo do dólar nesta quinta a questões técnicas, depois de a moeda ter saltado mais de 3% no acumulado das duas primeiras sessões da semana, para além de R$ 5,45. Na véspera, a divisa norte-americana já havia interrompido o rali recente, ao fechar com variação negativa de 0,04%.

"A queda de hoje está pautada num dia sem muitas notícias da parte fiscal e da parte política, igual a gente viu no início da semana. E, como o dólar já estava num preço alto, ali na casa dos R$ 5,45, é natural que a gente tenha essa correção", disse Lucca Ramos Almeida, sócio da One Investimentos.

"O que temos que observar é se esse movimento vai ser contínuo, à medida que a gente for tendo mais notícias da parte política, perante as questões fiscais atuais", completou.

Almeida destacou a PEC da Transição como a maior preocupação do mercado neste momento, já que investidores temem que um governo muito dispendioso eleve custos da dívida e exija a manutenção dos juros em patamar elevado por mais tempo, o que prejudicaria a atividade econômica.

Ele também apontou o cenário externo como um possível obstáculo à uma recuperação do real, caso o banco central norte-americano siga aumentando sua taxa de juros.

Dados desta quinta com novas evidências sobre a força do mercado de trabalho nos Estados Unidos aumentaram os temores de que o Federal Reserve possa continuar aumentando os custos dos empréstimos por mais tempo do que o esperado, o que elevava o índice do dólar frente a uma cesta de pares fortes em 0,80% nesta tarde.

R7