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Especial

Dólar ignora saída do PMDB e fecha em alta

Moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 3,6357

O dólar fechou com leve alta nesta terça-feira, contrariando a forte desvalorização observada perante várias divisas de economias emergentes ou ligadas a commodities. A depreciação da moeda americana no mundo foi motivada pela fala da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Janet Yellen, considerada "dovish" (suave) e, portanto, menos propensa a novas altas dos juros nos Estados Unidos.

Segundo operadores, a contrariedade no comportamento do dólar ante o real aconteceu, principalmente, por conta do sucesso do Banco Central (BC) na realização dos leilões de swap reverso nesta terça-feira.

O dólar à vista fechou em alta de 0,31%, cotado a R$ 3,6357. A oficialização da saída do PMDB da base aliada do governo Dilma Rousseff não gerou pressão de baixa na cotação. O motivo, segundo profissionais do mercado de câmbio, foi o fato de muitos investidores já terem desmontado posições compradas em dólar para se antecipar ao já previsto desembarque do partido do vice-presidente da República, Michel Temer.

Nesta terça-feira, o BC vendeu 19.520 contratos (US$ 963,5 milhões) no leilão de swap reverso. O número é quase a totalidade da oferta, conforme destacaram alguns operadores. "Foram quase 20 mil lotes, isso é muita coisa", comentou um profissional. "Se não fosse o swap reverso, o dólar teria espaço para cair novamente hoje", completou ele. A operação de swap reverso equivale à compra de dólares no mercado futuro.

Bovespa 

A Bovespa fechou em alta de 0,62% aos 51.154,99 pontos, depois de um pregão composto por altos e baixos importantes. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) oscilou entre o patamar mínimo de 50.387 pontos (-0,89%) e o máximo de 51.765 pontos (+1,82%).

Parte da valorização foi motivada pela fala de Yellen. Ao longo do discurso da economista, os índices americanos de ações melhoraram e contribuíram para o indicador brasileiro renovar máximas. Já a reação ao anúncio do PMDB foi morna no mercado de ações, como observado no mercado de câmbio e juros futuros. Assim que o partido, numa reunião relâmpago no meio da tarde, anunciou a decisão de sair do governo, o Ibovespa alcançou a máxima pontuação do dia e, depois, passou a desacelerar a alta. Segundo operadores, a decisão peemedebista já estava
precificada, o que fez alguns investidores aproveitarem para realizar parte dos lucros nesta tarde.

O volume de negócios hoje totalizou R$ 7,099 bilhões.

Taxas de juros 


Os juros futuros encerraram esta terça-feira mais uma vez em queda, precificando a fala de Yellen e dando continuidade à reação ao desembarque do PMDB da base governista já observada ontem no mercado. As taxas futuras também refletiram o enfraquecimento do dólar na comparação com várias moedas.

No fechamento da etapa regular, o DI com vencimento em janeiro de 2017 projetava 13,725%, ante 13,740% no ajuste de ontem. O DI janeiro de 2018 tinha taxa de 13,30%, de 13,37% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 indicava 13,50%, ante 13,71% no ajuste da véspera.

Segundo operadores, como o mercado já vinha embutindo nos preços a despedida do PMDB da base aliada, a oficialização da medida hoje não teve a capacidade de colocar as taxas em novas mínimas da sessão. O que fez os juros com vencimento nos prazos intermediário e longo renovarem os menores níveis desta terça-feira foi a fala de Yellen e a consequente desvalorização do dólar perante várias moedas.

Yellen disse que as incertezas que pesam sobre a economia e os mercados financeiros globais, principalmente por causa da desaceleração chinesa e o colapso dos preços de petróleo, elevaram o risco sobre a economia dos EUA. Sobre a inflação americana, ela alertou também que é muito cedo para saber se o ritmo mais acelerado do núcleo do índice de preços dos gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) de dezembro se mostrará durável.

A dirigente afirmou esperar que o núcleo do PCE, a medida preferida de inflação do Fed, continue "bem abaixo" da meta de 2% em 2016, ainda que volte a caminhar para a meta em 2017 e 2018. Ela também mostrou preocupação com leituras mais fracas de outros índices de inflação. "Há sinais de que as expectativas de inflação podem ter recuado", disse.

AE