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Verão

Especial

Dólar tem quarta queda seguida e fecha em R$ 3,85

Bolsa de Valores encerrou o pregão em baixa de 0,70%

Moeda norte-americana vem numa sequência de recuos | Foto: Marcos Santos / USP Imagens / Divulgação / CP

O dólar engatou a quarta queda consecutiva e terminou a terça-feira em baixa de 0,46%, a R$ 3,8567. A moeda americana subiu ante boa parte das divisas de países emergentes, ainda refletindo indicadores mais fortes dos Estados Unidos divulgados na segunda, mas depois de uma manhã volátil o real se fortaleceu.

O movimento foi resultado de fatores técnicos, como a desmontagem de posições mais defensivas de investidores estrangeiros, e a entrada de fluxo externo, com captações externas. Na reforma da Previdência, os investidores aguardam a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), nesta quarta-feira. Guedes se reuniu com vários partidos políticos ao longo desta terça-feira e ouviu que muitos parlamentares querem que as mudanças na aposentadoria rural e nos Benefícios de Prestação Continuada (BPC) saiam do texto da Previdência.

O governo está disposto a ceder nestes pontos, segundo o secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho. No final da tarde, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse ter "certeza" que estes dois pontos "não sobreviverão" na Comissão Especial. Mais cedo, a agência de classificação Fitch Ratings alertou para o risco de a reforma não ser aprovada, o que será ruim não só para as contas fiscais brasileiras, mas pode piorar o crescimento econômico.

Para sócio-diretor da Assessoria Via Brasil, Durval Corrêa, um dos pontos que o mercado vai monitorar na participação de Guedes na CCJ é como estarão os parlamentares e o ministro. "Se houver um clima mais hostil, o mercado pode ficar estressado", disse ele. Em reuniões com investidores nos Estados Unidos, nas costas Leste e Oeste, os estrategistas do Citi destacam que a reforma da Previdência foi a principal preocupação mostrada nos encontros com todos os clientes, que aconteceram entre os dias 25 e 29.

"Durante estas conversas, o processo de aprovação da reforma tomou a maior parte do tempo, com questões relacionadas à tramitação, potencial diluição e o impacto fiscal dominando o debate." O Citi espera que a aprovação do texto ocorra no terceiro trimestre, com economia fiscal de R$ 500 bilhões em 10 anos. Os investidores ouvidos pelo Citi manifestaram ainda nas reuniões a visão de que esperam volatilidade no mercado financeiro neste segundo trimestre, à medida que o texto tramite nas comissões e vá para o plenário. Pesquisa informal do banco norte-americano com clientes mostrou que 62% esperam que o texto passe no Senado até o terceiro trimestre.

Bovespa 

Depois de acumular valorização superior a 4,5%, em três altas consecutivas, o Índice Bovespa cedeu à realização de lucros e fechou em baixa de 0,70%, aos 95.386,76 pontos. O desempenho mais fraco das bolsas de Nova York e alguns ruídos em torno da reforma da Previdência foram os gatilhos para a correção de preços. O volume de negócios somou R$ 11,6 bilhões, abaixo da média das últimas semanas, o que reforça a tese de uma realização de lucros moderada. Embora o pregão tenha sido considerado relativamente tranquilo, causou desconforto a sinalização de que a reforma da Previdência já estaria, precocemente, em processo de desidratação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara.