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Verão

Especial

Dólar tem quinta alta seguida e fecha em R$ 3,76

Ibovespa encerra em leve baixa de 0,09%

Dólar tem quinta alta seguida e fecha em R$ 3,76 | Foto: AFP / CP
O dólar teve o quinto dia seguido de valorização e fechou nesta segunda-feira em R$ 3,7606, com alta de 0,20%. Por conta do feriado nos Estados Unidos, o volume negociado no mercado doméstico foi três vez menor do que em um dia normal.

O cenário externo, marcado pela valorização do dólar ante moedas de emergentes, como México e Turquia, e países exportadores de commodities, como Austrália, acabou pressionando as cotações locais. As mesas de câmbio também monitoraram a chegada do presidente Jair Bolsonaro em Davos e as denúncias envolvendo seu filho Flávio ficaram no radar dos investidores, embora não tenham sido um catalisador para os preços nesta segunda-feira.

O dólar desacelerou o ritmo de alta na parte da tarde, mas pela manhã chegou a bater em R$ 3,78, a máxima do dia, por conta cautela no mercado internacional após a divulgação de dados da economia da China que reavivaram preocupações sobre os rumos da economia mundial.

Em seguida, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da economia global, o que alimentou o tom de cautela dos investidores. Os economistas do Société Générale observam que a "elite empresarial global está fazendo a rota anual para Davos" em meio ao aumento destas preocupações com o PIB mundial.

Por aqui, o foco é a participação da comitiva brasileira, encabeçada por Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A expectativa dos estrategistas do JPMorgan é que o presidente dê o "sinal verde" para a reforma da Previdência após sua volta da Suíça. A ansiedade pelo texto final cresce, na medida em que não se conhece nada de concreto da reforma, apenas menções na imprensa, ressalta o JP.

O Fórum Econômico Mundial, em Davos, começa nesta terça-feira e Bolsonaro será o primeiro presidente latino-americano a discursar na sessão inaugural. Operadores destacam que as suspeitas de irregularidades nas movimentações financeiras de Flávio Bolsonaro ficaram no radar das mesas, mas sem influência nos preços. Um dos temores é que, se as denúncias avançarem, possam começar a influenciar o cenário para o andamento da Previdência no Congresso.

Por enquanto, o foco do mercado é na apresentação da proposta final, que espera que se aconteça na volta de Bolsonaro de Davos, ressalta o economista para América Latina da Continuum Economics, Pedro Tuesta, em relatório. Ele destaca que o otimismo dos investidores se reduziu nos últimos dias, justamente pela falta de uma melhor visão sobre os termos da reforma. Até que o texto apareça, ele espera que o dólar fique na casa dos R$ 3,75 para cima.

Ibovespa 

Influenciado pelo mau humor dos investidores no exterior, que monitoram de perto o ritmo de arrefecimento global, o Ibovespa passou o dia no vermelho. No entanto, minutos antes do encerramento da sessão de negócios desta segunda-feira conseguiu algum fôlego para defender os 96 mil pontos (96.009,77), em leve baixa de 0,09%, e ainda levar o índice futuro para o positivo - 96.555 pontos, em alta de 0,28%.

"Hoje sentimos a materialização de problemas já esperados, como as dificuldades do Brexit e o Produto Interno Bruto (PIB) da China, que reforçou a percepção de desaceleração. Isso pesou lá fora e por aqui também", afirmou Nicolas Takeo, analista sênior da Socopa.

O Ibovespa reagiu negativamente durante todo o dia, seguindo os mercados acionários europeus e também os índices futuros em Nova York, que funcionaram neste dia de feriado americano. Os investidores também monitoraram questões políticas. Há uma série de expectativas a respeito da apresentação na cena internacional do presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, no Fórum Econômico Mundial.

Aliado a isso, os agentes aguardam mais detalhes sobre o projeto de reforma da Previdência, que deve ser entregue ao Congresso após a eleição das presidências da Câmara e do Senado. Takeo afirma que o mercado local já antecipou muito da reforma da Previdência e agora aguarda coisas mais concretas. Ainda assim, nota, o risco país medido pelo Credit Default Swap (CDS) de 5 anos chegou a ser negociado a 171 pontos nesta segunda-feira ante 172 pontos na sexta-feira, de acordo com cotações da IHS Markit.

"Questões políticas pesam, como notícias desencontradas e aquelas que podem abalar o capital político para a aprovação da reforma, mas o CDS já está em um patamar baixo, apontando redução de prêmio de risco." Entre as blue chips, destaque para Petrobras, que subiu 0,48% (ON) e 0,51% (ON) e Vale ON, com alta de 0,95%. O bloco financeiro encerrou o dia todo em baixa, liderado por Bradesco PN (-1,15%).

Taxas de juros

O feriado de Martin Luther King nos Estados Unidos esvaziou os negócios no mercado futuro de juros, onde o volume negociado se reduziu a aproximadamente metade. As taxas oscilaram pouco nesta segunda-feira, 21, e terminaram estáveis nos vencimentos mais curtos e com leve baixa nos mais longos. Com a agenda de indicadores e eventos escassa, a principal referência foi o mercado de câmbio, onde o dia também foi de baixa liquidez e oscilações contidas.

Ao final dos negócios da B3 na etapa estendida, o contrato de Depósito Interfinanceiro com vencimento em janeiro de 2020 teve taxa de 6,54%, a mesma do ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2021 projetou 7,35%, ante 7,34% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 teve 8,44%, de 8,47% de sexta-feira.

Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2025 projetou 8,92%, ante 8,95% do ajuste anterior. "A liquidez foi muito ruim e houve poucas novidades. O noticiário em torno de Flávio Bolsonaro ficou em segundo plano, sendo apenas monitorado. Por outro lado, o mercado manteve-se atento às notícias que podem vir de Davos", disse Luis Felipe Laudisio, da Renascença Corretora. O profissional destacou como ponto positivo do dia as declarações do vice-presidente Hamilton Mourão, que pela manhã afirmou que o tempo mínimo de serviço para aposentadoria de militares deve ser ampliado.

De acordo com Mourão, a questão está sendo discutida e será apresentada como forma de "mitigar esse gasto" para a União e o Estado. "A questão dos 30 anos do serviço ativo, eu acho que ela irá mudar. Acho que vai aumentar", afirmou o general, que ocupa a presidência interinamente, devido à viagem do presidente Jair Bolsonaro a Davos. Mourão afirmou que a mudança poderá ser feita com um período de transição. No início dos negócios, ainda pela manhã, as taxas chegaram a oscilar em alta, acompanhando o dólar, que na máxima chegou aos R$ 3,78.

À tarde, a menor pressão compradora sobre a moeda americana abriu espaço para um ligeiro alívio na curva. Nesta terça-feira, no Fórum Econômico Mundial de Davos, o destaque será a fala do presidente Jair Bolsonaro. Segundo declarou nesta segunda o próprio presidente, seu discurso será "objetivo, curto e direto" e vai abordar a necessidade de se fazer comércio sem viés ideológico. "Estamos querendo mostrar que o Brasil mudou. O nosso objetivo é apresentar o novo Brasil que chega com o nosso governo", disse.

AE