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Especial

Em audiência, União pede 24 horas para analisar propostas sobre ICMS de combustíveis

Governo e estados se reuniram nesta terça-feira em agenda organizada pelo Supremo Tribunal Federal, que julga o tema

| Foto: Alina Souza

Representantes do governo federal pediram um prazo de 24 horas para analisarem as propostas que visam conter a alta nos preços dos combustíveis no país. A informação foi repassada por meio de um comunicado do Supremo Tribunal Federal, que nesta terça-feira organizou uma audiência de conciliação entre a União e estados sobre o tema.

"Ato contínuo, os representantes da União utilizaram da palavra, trazendo a necessidade de conciliação e comprometeram-se a analisar com cuidado todas as questões levantadas. Defenderam a higidez constitucional das Leis Complementares 192/2022 e 194/2022 e, ao fim, solicitaram o prazo de 24 horas para refletirem sobre as propostas", consta no comunicado. "Todos os entes federativos puderam manifestar-se e ficou acertado que as partes se manifestariam em um prazo exíguo nos autos (24 horas)", finaliza.

Desde as 9h, governo e estados se reuniram para negociar a questão sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para combustíveis. A reunião ocorreu de forma virtual e secreta, após a União acionar a Corte contra as políticas estaduais para cobrança desse tributo.

Durante a audiência, o representante do Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal) citou as Leis Complementares 192/2022 e 194/2022 – a primeira altera a forma de cobrança do ICMS sobre combustíveis e a segunda limita a 17% ou 18% a cobrança do imposto sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

A entidade argumenta que com as duas medidas as perdas para os entes federativos chegariam a R$ 134 bilhões, com impacto principalmente nas áreas de saúde e educação. Diante do cenário, os estados apresentaram quatro soluções, nem todas divulgadas pela Corte.

O presidente do Conpeg (Colégio Nacional dos Procuradores dos Estados) disse que seria possível aplicar a média dos 60 últimos meses em relação ao preço do diesel. Ele propôs a criação de uma comissão para debates envolvendo todas as ações de controle e citou o veto de Bolsonaro em relação à compensação integral dos estados.

Ação

Mais cedo, governadores de 11 estados e do Distrito Federal entraram com uma ação junto ao STF contra a lei que fixa a alíquota do ICMS para bens essenciais. Os entes pedem que a medida seja declarada inconstitucional e afirmam que se trata de um intervencionismo sem precedentes da União.

A lei limita a cobrança do ICMS entre 17% e 18% na comercialização de gasolina, etanol, diesel, biodiesel, gás de cozinha e derivado de gás natural. Os estados pedem que a norma seja declarada inconstitucional a Lei Complementar 194/2022, aprovada elo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Na ação, os governadores argumentam que se trata de um "intervencionismo sem precedentes da União". "O governo federal pretende resolver a espiral inflacionária. O truque a ser tirado da cartola não é um coelho, mas uma bomba prestes a explodir no colo de estados, DF e municípios", afirmam.

A ação é assinada por Pernambuco, Maranhão, Paraíba, Piauí, Bahia, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará e Distrito Federal. Nenhum estado da região Sudeste assinou o documento, que foi protocolado após São Paulo e Goiás anunciarem a redução de alíquota do ICMS de combustíveis para 18% e 17%, respectivamente.

O ICMS representou 86% da arrecadação dos estados em 2021, segundo a ação. Apenas combustíveis, petróleo, lubrificantes e energia responderam por quase 30% do valor arrecadado com o imposto. "Haja vista que os municípios ficam com 25% do ICMS, esses entes federativos também perderão receitas", apontam.

R7