Almeida criticou não ter sido contatado pela direção da BrF para tratar da questão. Segundo o prefeito, apesar de conseguirem dinheiro com juros subsidiados pelo governo federal, grandes grupos econômicos não dão a contrapartida necessária. “Temos aqui condições de manter aberta, de administrar com uma cooperativa”, desafiou. A data de fechamento prevista é 15 de setembro, quinta-feira da semana que vem, conforme a representação dos trabalhadores.
A indústria está instalada no município há 40 anos (na época Laticínios Mayer) e pertencia à Elege antes de ser vendida à BrF. Segundo o secretário de finanças do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Alimentação de Camaquã e Região, na última década mais de cem funcionários foram demitidos com o fechamento gradual de unidades produtivas da empresa. “Fecharam a parte de queijos, sementes, suínos e ração”, lamentou Claudemir da Cunha Foster.
O prefeito Almeida disse já ter feito contato com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, e com o vice-governador, Beto Grill, para discutir uma alternativa que mantenha a unidade industrial de portas abertas.
Samuel Vettori / Rádio Guaíba