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Excesso de burocracia emperra liberação de crédito a empresas, reconhecem presidentes de bancos

Líderes do Banrisul e Badesul participaram do Tá na Mesa desta quarta-feira

Claudio Coutinho e Jeanette Lontra participaram do Tá na Mesa da Federasul | Foto: Ricardo Giusti

Os presidentes do Banrisul, Claudio Coutinho e do Badesul, Jeanette Lontra, que participaram nesta quarta-feira de mais um Tá na Mesa da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) reconheceram que a burocracia atrapalha na concessão de crédito emergencial à empresas durante a pandemia de Covid-19. 

“Isso não é uma exigência do banco, isso é da legislação. Já tentamos fazer isso fora e não conseguimos. Foi um ponto que a gente levou ao Banco Central”, respondeu Coutinho ao vice-presidente de Integração da Federasul, Rafael Goelzer, sobre a exigência de folha de pagamento na instituição para acessar o financiamento desta modalidade. 

“A gente tem toda uma esteira de análise. Nós precisamos de informações, precisamos pedir a documentação toda. Trabalhamos com o projeto e diferente de um banco comercial, não temos estas informações”, defendeu Jeanette.

No debate intermediado pela presidente da entidade, Simone Leite, e com a participação também do vice-presidente de Produtos e Serviços, Rodrigo Fernandes de Sousa Costa, os líderes das duas instituições financeiras gaúchas trataram de apresentar ações internas, para evitar a propagação da Covid-19, e falaram sobre as de emergência econômica. 

A presidente do Badesul informou que apenas na Instituição, o "standstill" - congelamento de dívidas - alcançou a cifra de R$ 265 milhões, além da suspensão de pagamentos de contratos por seis meses, tudo sem cobrança de taxas. 

Para o executivo do Banrisul, a pandemia de coronavírus fez com que o banco promovesse um amplo programa de repactuação ou prorrogação de contas que chega a R$ 4,5 bilhões e mais de R$ 713 milhões voltados em títulos de crédito rural.

Foco na emergência

O foco na emergência, no caso do Banrisul, foi na repactuação e rolagem de dívidas. “Pensamos em gerar uma folga no orçamento das famílias e achamos muito interessante uma repactuação das três parcelas e diluindo ao longo do contrato. Começou com os funcionários da administração direta do Estado”, afirma Coutinho, sobre os créditos consignados, por exemplo. 

Por outro lado, a concessão de crédito foi mais dificultada por causa da exigência de alguns requisitos. No caso do financiamento para a folha de pagamento de micros e pequenas empresas, o presidente do Banrisul apontou a demanda de um esforço enorme para liberação de créditos desta linha.

“Liberamos R$ 29 milhões de reais para empresários. Esta linha tinha algumas exigências, como a obrigatoriedade de manutenção dos empregos. E muitos nos comentaram que não teriam condições de assumir este compromisso. Talvez por isso não tenha tido uma grande demanda”, colocou.

Sensibilidade

 A presidente da Federasul voltou a pedir sensibilidade aos presidentes quanto à facilitação de acesso ao crédito, inclusive ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que deve ser operado por ambas instituições nas próximas semanas. 

“Vidas e empresas vão continuar existindo se houver parcerias econômicas sólidas. Desburocratizar e fazer chegar esse crédito na ponta deve ser prioridade”, cobrou ela. Jeanette frisou que o Badesul já está na habilitação para o programa, via Banco do Brasil.

Goelzer aproveitou ainda para citar as dificuldades do setor de turismo - um dos mais afetados pela crise sanitária. De acordo com Jeanette, “o Badesul dispões de linha de crédito específica ao setor, via Fungetur, e tem como função atuar na concessão de capital de giro às empresas”, enfatizou. 

Segundo a presidente, as taxas chegam a 5% ao ano. Ainda neste nicho de micro e pequenas, Coutinho disse que o Banrisul liberou R$ 1 bilhão em crédito desde março.

Gabriel Guedes