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Especial

Fórum de Energias Renováveis ocorre nesta quinta-feira em Porto Alegre

Correio do Povo promove o evento que vai colocar em debate os desafios da geração a partir de fontes renováveis

Objetivo do evento é reunir especialistas na área | Foto: Ricardo Giusti

A geração de energia por meio de fontes renováveis tem implicações em diversas áreas da pesquisa e do conhecimento em geral, e não é segredo para ninguém que há projetos bastante promissores em andamento no Rio Grande do Sul. Nesta quinta-feira, o Correio do Povo realiza o Fórum de Energias Renováveis, no qual serão discutidos os desafios da implantação e geração de energia a partir de fontes renováveis. O evento ocorre no Imed, em Porto Alegre, e tem por objetivo reunir especialistas da área. Eles apresentarão seus projetos desenvolvidos e debaterão soluções relacionadas a esta mudança de paradigma que deve contribuir para a preservação da natureza e para um maior impulso econômico do Estado.

Os painéis se dividirão em diversos temas, como bioenergia e energias hídricas. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Rio Grande do Sul é o terceiro estado brasileiro com maior potencial de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), ficando atrás de Mato Grosso e Minas Gerais. A matriz energética gaúcha é de 9.948 megawatts (MW) de potência instalada, sendo que 5.972 megawatts são de fontes hídricas, ou seja, cerca de 60% do total. No Estado, existem 150 usinas hídricas em operação, sendo 77 PCHs gerando 913 MW.

A energia solar também será tema dos debates. De acordo com a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), o Brasil ultrapassou, em março deste ano, a marca de 10 gigawatts (GW) de geração distribuída, como é chamada a energia gerada a partir de fontes próprias, e deve superar a barreira dos 15 GW até o final deste ano.

Este mercado é considerado um dos mais promissores entre energias renováveis devido à difusão. Ela está presente em indústrias, no comércio e em residências. Seu potencial está atrelado às facilidades de financiamento e também à popularização desta matriz. “Quanto mais se utiliza a tecnologia, mais ela acaba sendo barateada. Isto é um fenômeno mundial que chegou no nosso país”, comenta o conselheiro nacional da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) Frederico Boschin. Segundo a entidade, há mais de 1,1 milhão de conexões totais deste tipo de fonte energética no Brasil, 43,6% somente para consumo residencial.

A discussão sobre usinas eólicas é constante em painéis pelo Brasil e no evento desta quinta não será diferente. De acordo com o Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do RS (Sindienergia RS), a capacidade de abastecimento de uma onshore, por exemplo, está na base de 40 gigawatts (GW) no mar e 10 GW em lagos, além de redução no impacto ambiental. A diminuição de emissão de carbono e a meta brasileira de chegar em até 50% até 2030, mesmo índice assumido pelo país na assinatura do Acordo de Paris, comporá um das discussões no evento. 

A diretora de Operações e Sustentabilidade do Sindienergia RS, Daniela Cardeal, visitou complexos do tipo fora do Rio Grande do Sul e do Brasil para buscar inspirações para projetos gaúchos. “O ideal é que consigamos atrair para o Estado a indústria associada a estas usinas, porque otimizamos bastante em termos de tempo, composição financeira e no meio ambiente. Além do ganho sustentável, há um ganho de geração de energia, pois passamos a exportar energia limpa”, diz. No evento desta quinta, serão dois painéis específicos, um para cada projeto, e Daniela será a moderadora do painel das offshores.

O evento ocorre das 9h às 17h. A primeira atividade será sobre energias renováveis, seguida de uma discussão sobre o chamado hidrogênio verde. Depois, haverá painéis sobre energias hídricas, bioenergias e energia solar, além das discussões sobre as energias eólicas.

Correio do Povo