"O mercado de trabalho continua sendo pressionado, o que mostra que a construção segue vivendo uma situação de atividade bastante aquecida", afirmou a coordenadora de Estudos de Construção Civil do Ibre, Ana Maria Castelo. Na sequência, os motivos de dificuldade mais apontados pelos empresários consultados em fevereiro foram, respectivamente, competição dentro do setor e o custo da mão-de-obra. "O custo da força de trabalho está relacionado à escassez de mão-de-obra", disse.
Crédito
A coordenadora do Ibre disse ainda que a facilidade das companhias de construção para se financiar caiu em relação ao período anterior à crise de 2008, mas que as incertezas do cenário internacional atuais não devem impor novas dificuldades para o empresário ter acesso ao crédito fácil. "Ao contrário do final de 2008, quando os bancos deixaram de conceder crédito completamente, a situação agora é diferente. As empresas não têm encontrado dificuldade de conseguir crédito", comentou Ana Maria. "Não se espera que os bancos restrinjam a oferta de crédito", afirmou, ao completar que "não há motivos para pensar que a situação vá piorar". "Com o interesse do investidor estrangeiro no Brasil, o empresário encontra, na verdade, uma nova fonte de financiamento", lembrou.
Ana Maria diz ainda que a projeção para 2012 é de alta no crédito ao consumidor. "O financiamento para o comprador da construção tem duas fontes cativas, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e a poupança. Para esse consumidor temos a expectativa de crescimento do crédito da ordem de 30% neste ano", afirmou.
AE