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Federasul projeta crescimento da economia gaúcha de 2% em 2022

Avanço da vacinação e retomada das atividades estão entre as principais razões para a projeção

Presidente da entidade, Anderson Trautman Cardoso, ressalta que o RS perdeu mais de 20 mil vagas de empregos durante a pandemia | Foto: Guilherme Almeida

O bom ritmo de vacinação contra o coronavírus e a retomada das atividades produtivas a partir do segundo semestre deste ano reforçam a aposta de leve crescimento da economia brasileira em 2022. Mesmo com a projeção de inflação acima de 10% este ano, a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul) acredita que a economia gaúcha vai manter ritmo de crescimento superior ao brasileiro. Para 2022, a entidade projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do RS deve ficar em 2,04%, enquanto o PIB do Brasil deve fechar em 1,13%.  

Ao avaliar o cenário econômico de 2021, o coordenador do Núcleo de Economia da Federasul, Fernando Marchet, afirma que o Banco Central demorou a adotar medidas para frear o aumento da inflação e condicionou a melhoria da economia, entre outras coisas, às reformas administrativa e tributária e ao controle de gastos do governo - além da manutenção dos projetos de privatização e concessão em curso no país. Conforme Marchet, o cenário eleitoral também poderá impactar nos rumos da economia, caso o vencedor seja um partido de esquerda.

No Estado, Marchet destaca as 'medidas estruturais' aprovadas pelo governador Eduardo Leite, como a venda da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), o controle de despesas pontuais e o aumento da arrecadação. "O governo fez ações que impactaram positivamente", avalia. Conforme Marchet, mesmo em menor patamar, a economia vai manter crescimento 'importante' em 2021 e 2022, refletindo a retomada das atividades produtivas. "Estamos com otimismo moderado com relação a 2022", admite.

Para o próximo ano, Marchet projeta a redução da inflação para 5%. "Não me surpreenderia que a inflação fosse até mais baixa, dependendo de como a economia vai andar. É inegável a mudança de patamar de crescimento da economia, pois muito da inflação que a gente viveu foi por conta da demanda e não tinha produto", observa, destacando a necessidade de manter o controle dos gastos públicos e necessidade de manter as privatizações e concessões. "Dependendo de quem ganhar as eleições pode mudar esse cenário", completa.

O presidente da entidade, Anderson Trautman Cardoso, ressalta que o RS perdeu mais de 20 mil vagas de empregos durante a pandemia, mas a expectativa é de recuperação acima do país. Cardoso afirma que a economia gaúcha deve crescer abaixo do previsto e deve ficar em 7,66% de acordo com a entidade. "Iniciamos o ano com expectativa de crescimento acima de 10%, de dois dígitos, provavelmente não consigamos chegar nesse patamar", afirma. "Nossa expectativa para 2022 é de crescimento menor do que 2021, em patamar bastante reduzido em comparação a 2020. O RS continuará crescendo mais em 2021 e 2022 do que o Brasil", completa.

Sobre a pandemia, ele acredita que a questão 'foi equalizada'. "Não teremos mais suspensão de atividades produtivas. Entendemos que o momento vai ser diferente, temos variantes, mas essas variantes, por mais graves que tenham se apresentado, nenhuma a ponto de nos trazer uma perspectiva de volta de fechamento das atividades produtivas que tivemos no primeiro trimestre do ano de 2021", ressalta.

Felipe Samuel