Os economistas analisaram três grupos de indicadores: sensíveis a expectativas, causadores primários e estágios iniciais da produção. Segundo Cruz, se for levado em consideração o primeiro grupo de indicadores, as perspectivas do setor da construção civil no Rio Grande do Sul são favoráveis. “Empresários do setor, corretores de imóveis e os consumidores estão mais confiantes, embora esses ainda estejam pouco otimistas”, explicou.
Com relação aos causadores primários, os pesquisadores destacam que existe alguma melhora a partir de dezembro de 2015, especialmente com a queda da taxa de juros pré-fixada de 360 dias que reduziu de 15,8% para 13,2%. No entanto, os economistas afirmaram que as concessões de crédito para o setor da construção civil no Rio Grande do Sul apenas pararam de cair, sem ainda reverter a tendência. Esta estabilização do saldo de crédito atinge tanto a construção, ampliação e a reforma quanto a aquisição de imóveis.
O estudo mostra que o nível de emprego formal em estágios iniciais da produção caiu -3,3%. Também segue em queda o número de unidades lançadas em Porto Alegre e as vendas de imóveis registram apenas uma leve recuperação. Por outro lado, ocorreu um aumento na venda de insumos típicos da construção civil (cimento e aço).
Cláudio Isaias