O presidente da entidade, Vitor Augusto Koch, considera que o pagamento do 13° salário contribui para a movimentação do comércio. “Muitos consumidores aguardam o Black Friday para realizar as compras de Natal”, destacou. Entre os produtos mais desejados pelos clientes estão celulares, tablets, televisões, perfumes e roupas.
Para Koch, o dia de promoções é oportunidade tanto para os consumidores comprarem mais barato, como para os lojistas queimarem seus estoques. Ele acredita que as lojas físicas podem concorrer com grandes redes fazendo preços atrativos nos estabelecimentos físicos.
A economista-chefe da Fecomércio, Patrícia Palermo, concorda que as ofertas são boas aos consumidores, mas orienta um bom planejamento, além de pesquisa antes de sair comprando. A última pesquisa da entidade apontou que 60,6% das famílias gaúchas estavam endividadas em outubro. Apesar de o percentual ter caído em relação ao mesmo mês do ano passado. Ela diz que o nível endividamento está mais reduzido em razão dos juros elevados que desencorajam as pessoas a comprar. “Todas as pesquisas mostram o consumidor menos confiante. Ele está mais crítico”, refletiu.
Ainda que grande parte dos clientes seja prudente, o superintendente do SerasaConsumidor, Júlio Leandro, indica aos consumidores que façam um levantamento das dívidas fixas que possuem e considerem os gastos do futuro antes de sair comprando. Ele recomenda cuidado com descontos milagrosos. “Pesquise preços para saber se está mesmo fazendo um bom negócio ao comprar o produto no período do Black Friday”, afirmou. Os golpes são muito comuns nesta época. Por isso, é importante verificar a situação da loja.
Antes do Black Friday, fraude no Instagram
A atenção às fraudes também é recomendada. O site Reclame Aqui, em que os usuários denunciam irregularidades, divulgou a ocorrência de uma “pegadinha” no Instagram. Convites espalhados por perfis falsos chamam os usuários a postar a foto da tela do celular com promoções de lojas famosas. Em troca, eles a promessa é receber cartões de descontos nas compras de produtos ou serviços. Segundo o portal, milhares de usuários acreditaram e repassaram as imagens. O excesso de falsas promoções causou irritação e muita gente passou a publicar ameaças de parar de seguir quem estava publicando fotos com a hashtag #blackfriday.
É indicado averiguar se os descontos correspondem de fato à redução de valores praticados na loja. O Procon Porto Alegre informou que muitas vezes o fornecedor aumenta o preço num período anterior ao Black Friday e, neste dia, oferece o desconto equivalente ao aumento efetuado.
Correio do Povo