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Guedes nega intenção pejorativa em fala sobre domésticas

Em encontro com empresários, ministro disse que costuma dar exemplos "para ilustrar o que fala"

Ministro da Economia afirmou que não queria desrespeitar ninguém e, como na época de professor, usou um exemplo "para ilustrar o que fala" | Foto: Gustavo Raniere / Ministério da Economia / Divulgação / CP

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu-se nesta sexta-feira com empresários do Grupo GRI, que reúne líderes dos setores imobiliário e de infraestrutura, em um hotel na zona sul do Rio. De frente para a praia de Copacabana, por duas horas, segundo fontes presentes ao evento, Guedes fez uma dissertação otimista sobre os rumos da economia brasileira, mas teve que se explicar sobre as últimas declarações polêmicas, principalmente a mais recente, que afetou a cotação do dólar. De acordo com três executivos na saída da reunião, Guedes explicou, ao ser perguntado, que não teve a intenção de ofender ninguém ao dizer que "até as domésticas iam para a Disneylândia, uma festa" com o dólar baixo.

Ele argumentou que, como professor, costuma dar exemplos para ilustrar o que fala, e que não houve intenção pejorativa ao comemorar o patamar alto do dólar, considerado positivo pelo ministro. A declaração de Guedes, feita na quarta-feira, seguiu-se a outra, da última sexta-feira, quando chamou os servidores públicos de "parasitas" que estariam matando o "hospedeiro".

Reformas

Guedes traçou na reunião um panorama de crescimento e reformas para o Brasil, segundo as fontes, e não trouxe nenhuma novidade. Reiterou a necessidade da reforma tributária, mas não tocou na reforma administrativa.

Ele voltou a falar da necessidade de privatizar a Eletrobras, pela falta de capacidade atual de investimentos da empresa, mas não deu uma data sobre as expectativas do governo para a venda. Ainda segundo as fontes, ele teria elogiado a aprovação de novas regras para a distribuição de gás no Rio, e disse que aguarda que outros Estados sigam o mesmo exemplo para tentar reduzir as tarifas de energia do País.

O ministro disse ainda que os royalties que o Rio receberá da produção de petróleo e gás natural vão recuperar a economia do Estado nos próximos quatro, cinco anos, mas não comentou se esse ano haverá leilão de petróleo do pré-sal, região com maior volume de produção e, portanto, a que mais arrecada para os governos.

Guedes, ao contrário dos empresários que participaram do evento, entrou e saiu pela garagem do hotel e não conversou com a imprensa.

AE