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Verão

Especial

Inflação oficial sobe para 0,75% e tem maior alta para março desde 2015

Dados foram divulgados nesta quarta pelo IBGE

No grupo alimentação, o tomate ajudou a influenciar o índice de março | Foto: Guilherme Testa / CP Memória

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março foi de 0,75% e ficou 0,32 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de fevereiro (0,43%). Esta foi a maior taxa para o mês desde 2015 (1,32%), segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A variação acumulada no ano foi de 1,51%, a maior para o período desde 2016 (2,62%). Já o acumulado dos últimos 12 meses avançou para 4,58%, contra os 3,89% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2018, a taxa foi de 0,09%. 

Conforme o IBGE, o resultado do IPCA de março sofreu forte influência dos grupos Alimentação e bebidas (1,37%) e Transportes (1,44%). Somados, estes dois grupos, que representam cerca de 43% das despesas das famílias, responderam por 80% do índice do mês, com impactos de 0,34 p.p. e 0,26 p.p., respectivamente. Comunicação, com -0,22%, foi o único grupo que apresentou deflação em março. 

Tomate, batata e feijão se sobressaem 

O grupamento dos alimentos para consumo no domicílio registrou alta de 2,07%. Os itens que sobressaíram são: o tomate (31,84%), a batata-inglesa (21,11%), o feijão-carioca(12,93%) e as frutas (4,26%).

Nos Transportes, após a deflação (-0,34%) de fevereiro, o índice apresentou forte aceleração (1,44%), a maior variação dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados. Os combustíveis (3,49%) foram os principais responsáveis pela alta, com a gasolina custando, em média, 2,88% a mais. 

Outras contribuições positivas no grupo dos Transportes vêm dos itens passagem aérea (7,29%) e do ônibus urbano (0,90%), ambos com 0,03 p.p. Este último contempla os reajustes de 9,30% nas tarifas em Porto Alegre (5,12%), em vigor desde 13 de março, de 7,81% em Recife (7,19%) e de 5,88% em Curitiba(5,41%), ambos a partir de 02 de março. Destaca-se também o trem (2,07%), em razão do reajuste de 27,30% nas tarifas em Porto Alegre (14,85%), em vigor desde 13 de março.

Grupo habitação com variações 

No item energia elétrica (0,04%), do grupo Habitação (0,25%), as regiões pesquisadas apresentaram variações entre a queda (-5,89%) na região metropolitana de Belo Horizonte, motivada, principalmente, pela redução na alíquota do PIS/COFINS, e a alta de 4,72% da região metropolitana do Rio de Janeiro, em virtude dos reajustes médios de 11,53% e de 9,72% nas concessionárias, partir de 15 de março. 

Ainda em Habitação, a variação de -0,79% no item gás encanado ocorreu devido à redução do reajuste na tarifa em São Paulo (-2,10%). O reajuste médio inicial era de 11,00% a partir de 1º de fevereiro e passou a ser de 9,00% em 1º de março.

No item taxa de água e esgoto (0,46%), também do grupo Habitação, ocorreu a apropriação da variação de 22,29%, em São Luís, que reproduz o reajuste médio de 22,29%, em vigor desde 09 de fevereiro, ainda não apropriado nos índices. Considere-se também os reajustes de 15,86%, em Fortaleza (3,07%), em vigor desde 24 de março, e de 5,89% em Aracaju (5,51%), a partir de 1º de março.

O grupo Vestuário também deixou para trás a queda de fevereiro (-0,33%), registrando, em março, alta de 0,45%. Os destaques são as roupas masculinas (de -0,01% em fevereiro para 0,68% em março), roupas femininas (de -0,56% em fevereiro para 0,34% em março), roupas infantis (de -0,16% em fevereiro para 0,41% em março) e os calçados (-0,54% em fevereiro para 0,38% em março). Em Saúde e cuidados pessoais (0,42%), o destaque fica com o item plano de saúde (0,80%).

Aparelhos telefônicos influenciam variação negativa na Comunicação 

Em Comunicação (-0,22%), a variação negativa do mês deveu-se à queda no preço dos aparelhos telefônicos (-1,44%) e ao item telefone fixo (-0,75%), por conta da redução média de 7,50% no valor das tarifas de fixo para móvel, a partir de 25 de fevereiro. Já o resultado do item correio (2,23%) reflete os reajustes de 13,90% e 5,47%, em vigor a partir de 06 de março, em um dos serviços no Rio de Janeiro(2,60%) e em Vitória (0,43%), respectivamente

O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 27 de fevereiro a 29 de março de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro a 26 de fevereiro de 2019 (base).

Correio do Povo