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Inflação sobe para 1,16% em setembro, maior taxa para o mês desde 1994, diz IBGE

Maior impacto no IPCA foi causado pela Habitação, influenciada pela alta da energia elétrica

Habitação foi um dos grupos que colaborou para o resultado do IPCA-15 | Foto: Alina Souza / CP Memória

A inflação, calculada a partir do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu para 1,16% em setembro, 0,29 ponto percentual acida da taxa 0,87% contabilizada em agosto. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela divulgado dos dados nesta sexta-feira, essa foi a maior variação para setembro desde 1994, época em que o indicador foi de 1,53%. 

Conforme o IBGE, no ano, o IPCA acumula alta de 6,90% e, nos últimos 12 meses, de 10,25%, porcentagem a acima dos 9,68% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Já em setembro de 2020, a variação mensal havia sido de 0,64%. 

De acordo com o levantamento apresentado hoje, dos nove grupos de produtos e serviços envolvidos na pesquisa, oito tiveram alta em setembro. O maior impacto (0,41 ponto percentual) e a maior variação (2,56%) vieram de Habitação, que acelerou em relação a agosto (0,68%) graças à alta da energia elétrica, contabilizada em 6,47%. Em setembro, passou a valer a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Em agosto, a bandeira vigente era a vermelha patamar 2, na qual o acréscimo é menor (de R$ 9,492 para os mesmos 100 kWh).

O gerente responsável pelo indicador, Pedro Kislanov, explicou que a troca da bandeira tarifária ocorreu devido ao avanço da crise hídrica e impacta diretamente no bolso das famílias. "A falta de chuvas tem prejudicado os reservatórios das usinas hidrelétricas, que são a principal fonte de energia elétrica no País. Com isso, foi necessário acionar as termelétricas, que têm um custo maior de geração de energia", diz ele.

Na sequência, vieram Transportes (1,82%) e Alimentação e Bebidas (1,02%), cujos impactos foram de 0,38 p.p. e 0,21 p.p. respectivamente. Esses três grupos contribuíram, conjuntamente, com cerca de 86% do resultado de setembro (1,0 p.p. do total de 1,16). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,01% em Educação e a alta de 0,90% em Artigos de residência.

O grupo dos Transportes (1,82%) acelerou em relação a agosto, quando variou 1,46%. Mais uma vez, a maior contribuição (0,18 p.p.) veio dos combustíveis, que subiram 2,43%, influenciados pelas altas da gasolina (2,32%) e do etanol (3,79%). Além disso, o gás veicular (0,68%) e o óleo diesel (0,67%) também apresentaram variação positiva.

Capitais 

A pesquisa do IBGE indicou que todas as áreas pesquisadas apresentaram alta em setembro. Porto Alegre está entre os três maiores índices, com 1,53% em setembro. A variação acumulada no ano foi de 7,79%, enquanto nos 12 meses anteriores foi de 11,35%. As taxas altas também foram encontradas em Rio Branco (1,56%), influenciado pelas altas nos preços da energia elétrica (6,09%) e do automóvel novo (3,57%), e Curitiba, com 1,54%. Já o menor resultado ocorreu em Brasília (0,79%), por conta da queda nos preços da gasolina (-0,81%) e do seguro de veículo (-3,36%).

 

Correio do Povo e R7