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IPCA-15 tem menor taxa para maio desde 2000

Índice teve variação de 0,14% neste mês<br />

Resultado foi influenciado pelo preço dos alimentos | Foto: André Ávila / CP Memória
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,14% em maio. Essa foi a menor taxa para o mês desde o ano 2000, quando o índice registrou 0,09%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografica e Estatística (IBGE).

O IPCA-15 acumulado no ano ficou em 1,23%, menor nível para o período janeiro-maio desde a implantação do Plano Real. Já o acumulado dos últimos doze meses foi de 2,70%, ficando abaixo dos 2,80% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Já em maio de 2017 a taxa foi 0,24%.

São nove grupos de produtos e serviços pesquisados. Do total, apenas três apresentaram deflação de abril para maio: alimentação e bebidas (-0,05%), artigos de residência (-0,11%) e transportes (-0,35%). Já os demais grupos registraram aumento nos preços.

Deflação

A queda de 0,05% do grupo alimentação foi influenciada, principalmente, pela alimentação fora de casa (-0,28%), cujos resultados variaram entre -0,86% da região metropolitana de São Paulo e 1,06% na região metropolitana de Porto Alegre. Já os alimentos no domicílio apresentou alta de 0,09% após a queda de 0,05% de abril. Enquanto a cebola (35,68%), hortaliças (6,10%), feijão-carioca (3,75%) e leite longa vida (4,44%) apresentaram alta, outros itens importantes no consumo das famílias registraram queda de preços: açúcar cristal (-3,90%), pescados (-3,51%), frango inteiro (-1,60%), arroz (-1,35%) e frutas (-0,97%).

Nos artigos de residência (-0,11%), a queda foi impulsionada pelo item TV, som e informática (-1,47%). Com exceção de Porto Alegre (0,22%), as demais regiões pesquisadas apresentaram queda de preços de abril para maio.

Nos transportes (-0,35%), apesar da alta de 0,81% na gasolina, houve quedas nos preços do etanol (-5,17%) e da passagem aérea (-14,94%). Ambos contribuíram com a redução de 0,05% (o impacto negativo mais intenso sobre o índice do mês) para o resultado de maio.

Inflação

Quanto às altas, o grupo saúde e cuidados pessoais (0,76%) apresentou a maior variação dentre os grupos e o maior impacto no índice do mês - 0,09%. A pressão foi exercida pelo plano de saúde (1,06%) e remédios (1,04%) - que sofreram reajuste anual, em 31 de março, com variação entre 2,09% e 2,84%, conforme o tipo do medicamento.

No grupo habitação (0,45%), o destaque foi a energia elétrica (2,18%), representando o maior impacto individual no índice de maio. Além da vigência, a partir de 1º de maio, da bandeira tarifária amarela, adicionando a cobrança de R$0,01 a cada kwh consumido, as seguintes áreas pesquisadas sofreram reajuste nas tarifas: Salvador (15,47%) - reajuste de 16,95% a partir de 22 de abril; Porto Alegre (5,95%) – reajuste de 9,85% a partir de 19 de abril; Recife (5,59%) - reajuste de 8,47% a partir de 29 de abril; e Fortaleza (5,80%) - reajuste de 3,80% a partir de 22 de abril.

O gás encanado (0,46%) refletiu o reajuste de 1,87% ocorrido no Rio de Janeiro (0,88%), em vigor desde 1º de maio, e a taxa de água e esgoto (0,01%), o reajuste de 2,78% em Recife (0,35%), a partir de 12 de maio.

A pesquisa

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de abril a 15 de maio de 2018 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de março a 13 de abril de 2018. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

Correio do Povo