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Levy afirma que não via problemas em devolver recursos do BNDES ao Tesouro

Suposta resistência do ex-presidente do banco de fomento foi usada como justificativa para sua saída

Ex-presidente salientou que seu argumento era garantir que dinheiro cumpria objetivo no banco | Foto: Evaristo Sá / AFP / CP Memória

O ex-presidente do BNDES, Joaquim Levy, disse nesta quarta-feira, que a devolução de recursos da instituição ao Tesouro era uma questão "muito pacífica". Em depoimento à CPI do BNDES, Levy disse que a devolução deveria ser feita "levando em consideração os objetivos do banco". Ao mencionar os R$ 30 bilhões devolvidos em maio, ele comentou que esses recursos "não teriam uso nem no curto nem no médio prazo e tinham cumprido sua missão". "Recursos parados não geram retorno para o banco e fazia sentido devolver", afirmou.

Levy afirmou ter dito ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que seria possível chegar ao fim do ano e devolver os recursos "com conforto". Guedes disse, em março, que o Tesouro pretendia cobrar do BNDES a devolução de R$ 126 bilhões neste ano - bem acima dos R$ 26 bilhões inicialmente planejados. A resistência de Levy a esse pedido foi apontada como uma das causas de sua saída, anunciada no domingo, 16 de junho, um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro comentar que ele estava com a "cabeça a prêmio".

O ex-presidente do BNDES avaliou que era preciso cuidado com a devolução, pois era necessário checar se o dinheiro devolvido efetivamente tinha cumprido sua função no banco. Levy citou que essa condição estava prevista em acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o tema. Levy ressaltou ainda que a discussão sobre a devolução ocorria ao mesmo tempo em que a regra de ouro não estava resolvida no Congresso. Segundo ele, o dinheiro poderia ser utilizado como justificativa pelos parlamentares para não aprovar o crédito suplementar de R$ 248 bilhões.

Estadão Conteúdo