person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Lula defenderá perdão aos pobres

Durante o final de semana houve protestos contra o Fórum Econômico Mundial

O governo pretende aproveitar o Fórum Econômico Mundial - que reunirá líderes políticos e empresariais em Davos, na Suíça, a partir desta quarta-feira - para destacar a rapidez com que o Brasil emergiu da maior crise mundial desde 1929. Também quer reforçar o discurso de que a solidez do país veio para ficar. Para isso, estarão nos Alpes suíços o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. O centro das atenções, no entanto, será o presidente Lula, que receberá do fórum o primeiro Prêmio Estadista Global. Esse é o reconhecimento dos líderes políticos que usam o seu mandato para aperfeiçoar a governança global.

Lula falará sobre os avanços da economia brasileira, mas espera-se que reforce a proposta de organismos internacionais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, de que os países ricos perdoem a dívida externa do Haiti, colocado no centro das discussões de Davos devido ao terremoto.

Em reuniões bilaterais, Lula deverá voltar a defender a maior participação dos países emergentes nas decisões tomadas pelos organismos multilaterais de crédito. Ele também criticará o protecionismo no comércio externo e destacará as ações que estão sendo tomadas pelo governo brasileiro para mitigar os efeitos do aquecimento global.

O ânimo da delegação brasileira, porém, contrasta com o da maioria dos demais participantes. A crise financeira e a lenta recuperação mundial, após uma injeção de 5 trilhões de dólares em estímulos fiscais, serão a tônica do Fórum. Várias questões espinhosas esperam os líderes mundiais. Klaus Schwab, diretor-executivo do Fórum, que organiza o evento há 40 anos, alerta: "Como resultado da situação fiscal dos governos, vamos, certamente, levar as pessoas a um aperto de cinto e teremos aumento do desemprego".

Durante este final de semana, ocorreram protestos contra o evento em várias cidades suíças. Um relatório do fórum alerta para uma "crise da dívida" e diz que os riscos são maiores nos países ricos, como Estados Unidos e Reino Unido. Dubai e Grécia também são alarmes que têm de ser ouvidos, disse Daniel Hofmann, coautor do estudo.

Entre os 2,5 mil participantes, do Fórum de Davos estarão o ex-presidente americano Bill Clinton, que fará uma sessão especial sobre o Haiti. Também participam o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, e o primeiro-ministro canadense Stephen Harper, que presidirão as reuniões de cúpula do G 20 e do G 8, este ano, respectivamente.

Correio do Povo