Cerca de 21,5 mil empresas fecharam no Brasil no ano de 2017 diante de um universo de mais de 5 milhões em atividade, o que representa 0,4% do total de estabelecimentos. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Gografia Estatística (IBGE) e fazem parte do estudo Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE). Essa é a menor quantidade de empresas desde 2009, quando totalizavam cerca de 4,8 milhões.
O mesmo levantamento mostra também que a mão de obra assalariada cresceu 1,2%, o que equivale a 550 mil pessoas a mais no mercado de trabalho, totalizando 51,9 milhões carteiras de trabalho assinadas por empresas. De acordo com o IBGE, o maior número de vagas criadas estão nas áreas de saúde, assistência e educação. Já as demissões em 2017 estiveram mais concentradas na construção civil e nos serviços.
Remuneração aumentou 4,9%
Os salários e outras remunerações pagos totalizaram R$ 1,7 trilhão, sendo o salário médio mensal de R$ 2.848,77, crescimento de 4,9%. Os maiores salários médios foram pagos pelos setores de eletricidade e gás - com remuneração média de R$ 7.643,38 -, enquanto os setores de alojamento e alimentação pagaram menos, ofertando renda média de R$ 1.476,34 ao trabalhador.
Segundo o CEMPRE, no período, o pessoal ocupado era composto por 55,4% de homens e 44,6% de mulheres. O aumento de mão de obra com carteira de trabalho assinada foi de 1,7% entre as mulheres e de 0,9% entre os homens. Naquele ano, 77,4% do pessoal ocupado não tinha nível superior, enquanto 22,6% tinha formação no Ensino Superior. Em comparação ao ano anterior, houve crescimento de 5,6% na mão de obra com mais anos de estudo empregada.
Salário das mulheres representa 82% do que é pago a homens
Os aumentos dos salários médios, entre 2016 e 2017, foram mais expressivos entre as mulheres (5,7%), do que entre os homens (4,4%). Ainda assim, os homens ganhavam 3,3 salários mínimos, enquanto as mulheres recebiam 2,7 salários.
Por sexo, os vencimentos das mulheres cresceram de R$ 2.418,00 para R$ 2.555,84, e os dos homens de R$ 2.955,42 para R$ 3.086,00. Na prática, as trabalhadoras seguem ganhando quase 20% menos que os funcionários homens.
Correio do Povo