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Mercado de imóveis novos também necessita ser criativo

Paliativo às construtoras é aceitar imóvel usado do cliente na aquisição do novo

Preços estão estáveis e assim devem continuar | Foto: Samuel Maciel
O mercado ainda absorve o impacto das mudanças, mas pensa em saídas. Para o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon/RS), Ricardo Sessegolo, as restrições do crédito aos imóveis usados atingem os novos. “Cerca de 60% dos compradores de moradias novas negociam, primeiro, o seu imóvel.” Na construção, 2015 começou mal. Antes das restrições da Caixa, a venda de imóveis novos no Rio Grande do Sul havia caído 22% no primeiro trimestre, informa o Sinduscon/RS. A tendência é de o porcentual negativo se manter ou até subir. “Só a criatividade pode contornar a atual crise.”

Um paliativo às construtoras é aceitar imóvel usado do cliente na aquisição do novo. “O mercado precisará ser mais flexível e negociador”, diz. Para o vice-presidente de Comercialização do Sindicato da Habitação (Secovi/RS), Gilberto Cabeda, o momento é bom para a compra. Quem guardou algum dinheiro deve investir agora. Quando a crise passar, os preços voltam a subir. No financiamento, o mercado de usados será travado na faixa até R$ 650 mil — teto no SFH. Em Porto Alegre, os avulsos (usados) dominam o negócio imobiliário: a oferta atual é de 15 mil à venda para 8 mil novos, ilustra Cabeda.

Na avaliação do Secovi/RS, as dificuldades ficarão mesmo é no mercado dos avulsos até os R$ 650 mil. São escassos os clientes com, por exemplo, R$ 200 mil ou R$ 300 mil disponíveis para a entrada. Se a moradia custar menos, R$ 200 mil, é ainda mais difícil o cliente desta faixa ter R$ 100 mil. Por outro lado, é ainda mais raro trabalhador com saldo de R$ 100 mil ou mais no FGTS. A última alta do juro da Caixa de 0,3%, em abril, piorou o cenário. “Parece pouco, mas são R$ 100 mil a mais ao longo de 20 anos numa moradia de R$ 600 mil”, explica Cabeda. O déficit habitacional no Rio Grande do Sul, estimou ele, é hoje de 2 milhões de unidades.

Heron Vidal