A reunião desta semana do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) deve resultar em uma nova alta de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros, a 13,75% ao ano, e encerrar o ciclo de altas da taxa Selic, iniciado em março do ano passado para conter a inflação.
A trajetória de alta que levou a taxa básica ao atual patamar de 12,25% ao ano começou em março do ano passado, quando a Selic figurava em 2% ao ano, o menor valor da história. Se a expectativa do mercado financeiro for confirmada, os juros chegarão ao maior patamar desde o início de 2017.
Mesmo com as perspectivas de que o BC vai apostar em uma nova alta da taxa Selic, os analistas reduziram, pela quinta semana consecutiva, as previsões de inflação para este ano. A nova expectativa prevê um salto de 7,15% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2022, ante previsão de 7,3% apurada na semana passada.
Aumentar a taxa de juros funciona como um instrumento de política monetária para reduzir a inflação. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.
Os analistas também divulgaram suas expectativas para a Selic para os próximos anos, com a aposta de uma suavização da taxa. Para 2023, as apostas subiram de 10,75% para 11% ao ano. Já para 2024 e 2025, as expectativas foram mantidas em, respectivamente, 8% ao ano e 7,5% ao ano.
R7