As novas regras do programa Minha Casa, Minha Vida estarão disponíveis a partir de sexta-feira na Caixa Federal, que tem expectativa de aumentar o acesso ao crédito imobiliário. Na avaliação da vice-presidente de Habitação do banco, Inês Magalhães, as novas condições de juros e subsídios deverão contribuir para baixar o valor de entrada dos financiamentos, principal entrave para o acesso ao crédito com recursos do FGTS.
“Há um conjunto de famílias de renda baixa que têm certa organização financeira que podem ser inseridas no mercado de crédito. Todo mundo sabe que o entrave principal é a entrada, porque a prestação fica parecida com o valor do aluguel”, observou Inês Magalhães, que já foi secretária de Habitação e ministra das Cidades. Nas novas regras houve um fatiamento das faixas do programa para permitir juros menores para rendas mais baixas. Por exemplo, na Faixa 1, que compreende renda familiar de até R$ 2.640, quem ganha até R$ 2 mil teve redução na taxa de 4,25% para 4% nas regiões Norte e Nordeste e de 4,50% para 4,25% no restante do país. Houve também atualização dos valores de subdivisões da Faixa 2, até R$ 4,4 mil de renda. Os limites superiores das faixas 2 e 3, até R$ 8 mil, foram mantidos.
Outra mudança foi o aumento do valor máximo do subsídio do FGTS de R$ 47,5 mil para R$ 55 mil, que pode ser acessado pelas faixas 1 e 2. Em uma simulação feita pelo banco para um imóvel de R$ 167 mil a ser adquirido na Bahia por uma família com renda de R$ 1.650, o valor de entrada cai de R$ 35,7 mil para R$ 200 com a ampliação do subsídio, e o prazo passa de 30 para 35 anos, além de haver redução no juro de 4,25% para 4%.
Correio do Povo