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Especial

Mulher negra é a mais afetada pelo desemprego na região Metropolitana

Diferença entre brancos e negros chega a 4,3% apesar da queda na taxa de desocupação, aponta FEE

A população negra é a mais afetada pelo desemprego na região Metropolitana de Porto Alegre, apontou nesta terça-feira pesquisa da Fundação de Economia e Estatística (FEE). As taxas de desocupação seguem mais altas em especial para as mulheres, na comparação com a população branca, indicou o estudo. As informações fazem parte do boletim especial sobre a situação dos negros no mercado de trabalho, alusivo ao Dia da Consciência Negra, comemorado no próximo dia 20 de novembro.

“A desaceleração da economia em 2011 levou a essa situação. Sabemos que a seleção é muito maior e a população negra tende a sofrer mais os reflexos, parte pela cor e parte pela qualificação”, afirmou a socióloga da FEE Dulce Vergara. Segundo a socióloga da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) Irene Galeazzi, os negros representaram 12% da população economicamente ativa da região Metropolitana de Porto Alegre em 2011. No entanto, chegam a 18,2% dos desempregados. “O desenvolvimento e a oferta de postos de trabalho não leva, necessariamente, a uma redução da desigualdade. É um traço cultural muito antigo”, avaliou.

Ainda conforme a pesquisa, o desemprego da população negra passou de 12,2% em 2010 para 11,1% em 2011. Para a população não negra, houve uma variação de 8,2% em 2010 para 6,8% no ano passado. Embora o desemprego venha caindo também para as mulheres negras nos últimos anos, elas ainda têm maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho, não só em relação aos homens, mas também em comparação com as não negras. Em 2010, a taxa de desemprego da mulher negra era de 14,8%, passando para 13,1%, em 2010. A taxa relativa ao homem negro, que era 9,7% em 2010, ficou situada em 9,3% no ano passado.

Salários

A análise dos rendimentos médios reais revelou elevação de R$ 1,20 mil em 2010, para R$ 1,78 mil em 2011, para o total dos ocupados, entre homens e mulheres. Porém, foi verificado que o salário da população negra segue abaixo da população branca, com as mulheres recebendo, em média, valores inferiores a R$ 1 mil.  Os não negros tiveram um crescimento de R$ 1,55 mil para R$ 1,56 mil em seus rendimentos no mesmo período.

Nível ocupacional


Quanto ao nível ocupacional dos negros, os dados indicam redução em todas as modalidades de contratação, com uma queda de 11,1%. As maiores retrações deram-se no comércio (-14,7%) e nos serviços (-13,7%), e, em menor medida, nos serviços domésticos (-7,7%) e na indústria (-3,3%). Para os não negros, o índice de nível ocupacional aumentou 5,1%. Todos os setores apresentaram expansão nesse período, destacando-se entre eles a construção civil (11,1%).

Com informações dos repórteres Marcos Koboldt e Karina Reif

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Correio do Povo e Rádio Guaíba