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Verão

Especial

Pelo terceiro mês seguido, Porto Alegre tem cesta básica mais cara do País

Em setembro, conjunto de alimentos essenciais custava R$ 311,44

A cesta básica de Porto Alegre registrou alta de 1,03% em setembro, passando de R$ 308,27 em agosto para os atuais R$ 311,44. O valor foi o maior registrado no País pelo terceiro mês consecutivo. A taxa verificada em setembro de 2011 foi de 0,31%. No ano, a cesta acumula alta de 12,49% e em 12 meses está 14,46% mais cara. Os dados foram divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta sexta-feira.

Na avaliação mensal, oito dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos estão mais caros, com destaque para a batata (54,73%). Por outro lado, três itens tiveram redução: carne (-1,90%), banana (-1,16%) e farinha (-0,42%). A manteiga ficou estável em setembro (0,00%). No ano, a cesta está 12,49% mais cara. Dos 13 itens pesquisados, oito subiram de preço.

Os principais aumentos foram verificados na batata (81,75%), no tomate (77,65%) e no feijão (31,60%). Em sentido contrário, cinco produtos estão mais baratos. As principais reduções foram registradas na manteiga (-6,26%) e no açúcar (-4,89%). Em 12 meses, a cesta acumula alta de 14,46%. Nesse período, nove itens estão mais caros, com destaque para tomate (79,23%), batata (77,52%) e feijão (36,33%). No sentido contrário, dois produtos estão mais baratos: açúcar (-7,36%) e manteiga (-3,50%). O leite foi o único item a não sofrer alteração de preço em 12 meses.

O valor da cesta básica representou 54,42% do salário mínimo líquido, contra 53,87% em agosto e 54,27% em setembro de 2011. O trabalhador com rendimento equivalente a um salário mínimo necessitou em setembro cumprir uma jornada de 110h09min para adquirir os bens alimentícios básicos. Esta jornada é maior do que foi necessário em agosto (109h02min) e menor do que a necessária em setembro de 2011 (109h50min). A variação da cesta básica no período do Real ficou em 367,28%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no mesmo período variou 323,23% e o Salário Mínimo 860,02%.

Em setembro, o preço dos gêneros alimentícios essenciais aumentou em nove das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores altas foram apuradas em Florianópolis (5,23%), Belo Horizonte (3,23%) e Manaus (2,50%). As quedas mais significativas ocorreram em Goiânia (-5,22%), Salvador (-3,34%) e Aracaju (-2,44%).

O maior valor para a cesta básica, após Porto Alegre, ocorreu em Florianópolis (R$ 310,92) e São Paulo (309,08). As cestas mais baratas foram encontradas em Aracaju (R$ 207,80), Salvador (R$ 217,71) e João Pessoa (R$ 233,26).

A variação acumulada no custo da cesta de alimentos essenciais, neste ano, entre janeiro e setembro, foi positiva em todas as capitais pesquisadas. Em 12 das 17 capitais, os aumentos situaram-se acima de 10%. As altas mais significativas foram verificadas em Florianópolis (18,47%), Fortaleza (15,60%), João Pessoa (14,21%) e Aracaju (14,04%), e as menores registraram-se em Goiânia (1,39%) e Salvador (4,26%).

Nos últimos 12 meses, de outubro de 2011 a setembro deste ano, o custo médio da cesta de alimentos aumentou em todas as capitais pesquisadas, com destaque para Fortaleza (22,44%), Vitória (20,48%) e Florianópolis (19,43%). Os menores aumentos foram verificados em Salvador (4,63%), Goiânia (8,07%) e Belém (11,30%).

Embora mais moderada que no mês anterior, a alta de preços na maioria das capitais determinou o aumento do tempo de trabalho necessário para comprar a cesta básica em setembro.

Com base no custo apurado em Porto Alegre e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para a manutenção de um trabalhador e a família dele, suprindo gastos com alimentação, moradia, educação, vestuário, saúde, transportes, higiene, lazer e previdência social, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em setembro, o menor salário pago pago deveria ser de R$ 2.616,41, ou seja, 4,21 vezes o piso vigente, de R$ 622,00. Este valor é maior do que o estimado em agosto, quando ficou em R$ 2.589,78 (4,16 vezes o salário base). Em setembro de 2011, o salário mínimo necessário era de R$ 2.285,83ou 4,19 vezes o valor mínimo em vigor na época, R$ 545.

Para adquirir o conjunto de produtos alimentícios essenciais, o trabalhador que recebe salário mínimo precisou trabalhar, em média, 95 horas e 12 minutos, praticamente a mesma jornada média necessária em agosto, de 95 horas e 03 minutos. No mesmo período do ano passado, a jornada média de trabalho exigida para a compra da cesta somava 93 horas e 58 minutos.

Quando a relação é feita com o salário mínimo líquido, ou seja, após desconto da parcela correspondente à Previdência, verifica-se que o trabalhador comprometeu, em setembro deste ano, 47,04% dos vencimentos com a compra da cesta básica. Este percentual é ligeiramente superior ao exigido em agosto (46,96%) e também do que o necessário no mesmo período do ano passado, quando correspondia a 46,43% do salário mínimo liquido vigente.

Em setembro, a batata registrou elevação em todas as nove localidades do Centro-Sul do país, onde é pesquisada, com variações entre 10,97%, em Goiânia, e 52,25%, em Porto Alegre. No acumulado do ano, os preços também aumentaram em todas as capitais pesquisadas, com as altas oscilando entre 35,75%, em Vitória, e 89,12%, em Belo Horizonte. A queda na produtividade das principais regiões produtoras tem reduzido a oferta do tubérculo no mercado nacional, mantendo seus preços pressionados este ano.

Dos produtos pesquisados em todas as capitais, o pão francês foi o que teve, em setembro, alta em maior número de regiões (16), com as variações mais expressivas registradas em Recife (7,61%), Natal (5,68%) e Belo Horizonte (3,99%). Os menores aumentos no mês ocorreram em Belém (0,62%), Florianópolis (0,71%) e Porto Alegre (0,80%). A única queda foi apurada em Goiânia (-1,43%). Em relação a setembro de 2011, o preço do pão francês também registra alta em 16 localidades, com as variações oscilando entre 0,85%, em Aracaju, e 18,64% em Vitória.

A elevação nos preços do produto pode estar relacionada ao comportamento verificado para o trigo, cuja alta vem pressionando, nos últimos meses, os preços no atacado nacional e pode ter algum impacto no consumo final. O arroz subiu em 15 localidades em setembro. As maiores variações foram apuradas em Belém (15,82%), Rio de Janeiro (12,98%) e Curitiba (9,73%).


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