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Verão

Especial

Pesquisa aponta que pandemia comprometeu a renda integral de 42% dos artistas brasileiros

Levantamento realizado pelo Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura mostrou que a receita chegou a ser mais agravada no mês de maio

Dados foram apresentados pelo Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura | Foto: Facebook / Reprodução / CP

Para 42% dos artistas brasileiros, a pandemia acarretou na redução de 100% de receita com seu trabalho, entre março e abril de 2020. Estes são alguns dos dados iniciais apontados pela pesquisa “Percepção dos Impactos da Covid-19 nos Setores Culturais e Criativos do Brasil”, divulgados em live do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, nessa segunda-feira. A iniciativa foi concebida por pesquisadores, gestores públicos, universidades e instituições culturais.

Um dos coordenadores do levantamento, o pesquisador Rodrigo Amaral, apresentou os dados. “Por enquanto, são dados preliminares, que não abrange impacto clássico, mas sim a percepção dos agentes. Entre maio e julho, a percepção de perdas de 100% da receita agrava para 44,7%”.

Dos 964 participantes da pesquisa, 69% foram envios individuais e 31% coletivos, em sua maioria de trabalhadores da área de artes performáticas (música, teatro, dança, circo). “Para estes profissionais, a percepção de redução total da receita é de 51,95%”, informou Amaral.

Para um dos pesquisadores e idealizadores da pesquisa, Pedro Affonso Ivo Franco, era preciso um estudo que confirmasse o cenário, não só nos setores de criação e produção, mas também nos de distribuição da cadeia produtiva. “Também tínhamos a ideia de munir gestores públicos municipais e estaduais com informações em tempo real sobre este impacto para que possam agir junto ao setor”, contou.

Também foram analisados fatores como a possibilidade de venda digital de determinados serviços culturais e aderência a medidas de mitigação dos efeitos da pandemia, entre outros aspectos. A webinar contou com a presença da secretária estadual de Cultura do RS, Beatriz Araújo. “Trabalhamos na cultura à luz de velas, não costumamos ter indicadores. No RS, fizemos, em 2019, uma pesquisa e se constatou que empregos formais na economia criativa representam, pelo menos, 4% do PIB gaúcho, mas sabemos que há uma informalidade muito grande. Na perda, com a pandemia, é muito maior nesta área do que em outras. Então, essa pesquisa vai fazer toda a diferença”, ressaltou Beatriz.

A pesquisa, lançada no dia 10 de junho, ficará aberta para coleta de dados até o dia 16 de julho deste ano. São parceiros na iniciativa, a Representação da Unesco no Brasil, o Sesc, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura e as Secretarias e Fundações de Cultura dos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe.

Christian Bueller