"Não podemos nos deixar abater por dificuldades momentâneas", afirmou ele nesta sexta-feira na cerimônia de inauguração do data center em Mogi Mirim (SP).
Para o diretor-geral de atacado do Itaú Unibanco, Candido Bracher, o cenário desta crise é mais favorável do que em outros momentos. "Hoje, o ambiente econômico está protegido. O país vive um ambiente de crise por uma série de razões, mas com uma rede de proteção", afirmou Bracher, referindo-se à dívida externa, que considera sob controle, e ao menor risco de "explosão" de crédito e da taxa de câmbio.
Sobre o atual patamar do dólar, atualmente acima de R$ 3,20, ele disse que a desvalorização do real é saudável e possibilita às empresas brasileiras serem mais competitivas.
"Naturalmente, essa desvalorização tem de ocorrer num ritmo não muito volátil", acrescentou.
Em relação às oportunidades de negócios dos bancos de investimento em 2015, Bracher afirmou que o mercado de renda variável deverá continuar parado e que novamente os negócios envolvendo fusões e aquisições deverão ser os mais ativos este ano - repetindo a tendência vista em 2014.
O presidente do conselho de administração do Itaú Unibanco, Pedro Moreira Salles, afirmou que o governo conseguirá implantar o ajuste fiscal no Brasil e que acredita na manutenção do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no cargo.
Mudanças internas
O Itaú Unibanco não deve ter mudanças significativas em termos de estilo de gestão por conta da alteração da estrutura da holding anunciada há algumas semanas, segundo Marcio Schettini, diretor-geral de tecnologia e operações (DGTO).
"Ainda é cedo para falar em mudança de estilo de gestão, mas não esperamos alterações significativas. Estávamos nos preparando para a redistribuição das responsabilidades. Tudo está sendo feito com muito cuidado", afirmou ele.
Segundo Schettini, apesar da mudança física e de layout, o Banco Itaú continua com a mesma configuração. A alteração que ele se refere está inserida no início da fase de transição do comando da instituição que deverá culminar com a saída de Roberto Setubal, presidente do Itaú, em 2017, que atingirá limite de idade estatutário para permanecer no cargo.
Nesta fase de transição, foram criadas três diretorias. Além da que será comandada por Schettini, há a diretoria geral de atacado, presidida por Candido Bracher, e a de varejo, sob responsabilidade de Marco Bonomi.
AE