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Refap aguarda definição para projetos relacionados à sustentabilidade

Nos planos da Refinaria Alberto Pasqualini, está a ampliação na produção de diesel S10, que é menos poluente

Nos planos da Refinaria Alberto Pasqualini, está a ampliação na produção de diesel S10, que é menos poluente | Foto: Marcelo Curia/Agência Petrobras

A partir da divulgação do próximo Plano Estratégico, em novembro, a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) deve começar a colocar em prática projetos para ampliar a produção de combustíveis mais sustentáveis e também para operar de forma mais ecológica. O gerente geral da planta, Marcus Valenti, adiantou, nesta quinta-feira, durante uma visita da imprensa às instalações em Canoas, que um dos projetos em avaliação para ser implantado é uma nova unidade de hidrotratamento de diesel (HDT). A partir da instalação, seria possível produzir no local somente diesel S10, que tem menos enxofre na composição, o que reduz a emissão de poluentes. Atualmente, metade da produção ainda é S500, mais prejudicial ao meio ambiente. 

Valenti ponderou, contudo, que seriam necessários, pelo menos, cinco anos para operar essa nova unidade, a partir da aprovação do projeto. Segundo ele, desde o início do ano, houve uma solicitação da Petrobras para buscar a máxima utilização de ativos das refinarias, com o objetivo de intensificar o processamento e a produção. “Isso sem perder de vista a otimização das refinarias e a rentabilidade. Devemos ter a máxima produção de S10 para a gente dar a condição da Petrobras abastecer o mercado, reduzindo as importações”, disse. 

Outro projeto em vista, mas que ainda depende do Plano Estratégico é o de utilização de óleo vegetal, possivelmente o de soja, para produzir diesel, com conteúdo renovável. “Esperamos que, no plano, venha o orçamento para a gente começar o estudo”, complementou. 

Valenti afirmou também que, com algumas alterações nas instalações já existentes da Refap, seja possível aumentar em 10% a capacidade de refino. Atualmente a unidade processa 32 mil metros cúbicos por dia. A motorização de uma turbina a vapor também está em vista para melhorar a eficiência energética e reduzindo a pegada de carbono. “Escolhemos a maior turbina condensante que temos na refinaria para transformar em um motor elétrico.”

Este ano, a Refap passou por uma grande parada de manutenção, com um investimento de R$ 450 milhões e mobilização de 5 mil pessoas, o que garantiu a recuperação da capacidade. “A cada cinco ou seis anos, a gente precisa fazer (a parada) para realizar inspeções, restaurar as condições de integridade, confiabilidade e  disponibilidade para ter performances e rendimentos bons.” A próxima parada, desta vez menor, está prevista para o segundo semestre de 2024, com destinação de R$ 164 milhões. 

A Refap, que completou 55 anos em setembro, produz 201 mil barris por dia, o equivalente a 11,15% da capacidade de refino da Petrobras. Além do Rio Grande do Sul, abastece parte de Santa Catarina e destina produtos para outros estados. Dentre os principais, estão diesel, gasolina, GLP, propeno, querosene de aviação, asfalto e óleo combustível, coque e enxofre. 

Karina Reif