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Relatório Integrado 2019 da CMPC é apresentado com os olhos no horizonte pós-Covid

Companhia está comprometida com 4 metas de sustentabilidade

CEO da companhia, Francisco Ruiz-Tagle, em videoconferência na tarde desta quinta-feira | Foto: Reprodução / CP

A planta de Guaíba da CMPC faz parte do grupo chileno CMPC (Compañia Manufacturera de Papeles y Cartones) e produz celulose branqueada de eucalipto e papel para impressão e escrita. O CEO da companhia, Francisco Ruiz-Tagle, em videoconferência na tarde desta quinta-feira, fez o lançamento do Relatório Integrado 2019, ocasião em que apresentou brevemente as ações realizadas pela empresa no Brasil e nos demais 8 países onde atua. O ano passado marcou os 100 anos da companhia e por esta razão, Ruiz-Tagle ressaltou a necessidade de olhar para frente de uma maneira ambientalmente sustentável.

A CMPC está comprometida com 4 metas de sustentabilidade, que são reduzir em 50% a emissão de carbono, ser uma companhia com plantas industriais zero resíduo, diminuir 25% o uso de água por tonelada de produto até 2025 e adicionar 100 mil hectares para conservação e proteção até 2030. “A sustentabilidade é o principal pilar da CMPC e a CMPC entende seu papel na responsabilidade ambiental e social, bem como sua dependência de recursos naturais. Para a operação nos próximos 100 anos é crucial que a gente trabalhe levando em conta o contexto de uma crise global do clima”, garantiu.

Nesta linha, diante do desafiador ano de 2020, o executivo tratou de mostrar o que se desenha como cenário futuro. Segundo Ruiz-Tagle, a companhia não espera que os governos podem dar o cuidado que a sociedade precisa. Também lembrou que há uma incompreensão da ligação entre pandemias, degradação de ecossistemas e mudanças climáticas. O ano de 2020 ainda deixará como marcas, mudanças nos padrões de trabalho, como home office, e também uma profunda transformação no “supply chain”, com as companhias estimulando cada vez mais as cadeias produtivas locais em reação às ameaças de restrições para importações por razões sanitárias. O chileno pontua a necessidade de se aumentar a resiliência das empresas para que se adaptem às mais diferentes situações relacionadas à sociedade ou ao meio ambiente. Por último, o CEO reafirmou que o retorno a um novo mundo só se dará por meio de produtos e mercados de forma sustentável.

O CEO da World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), Peter Bakker, que está a frente do conselho empresarial que reúne cerca de 200 empresas tratando exclusivamente de negócios e desenvolvimento sustentável, fez uma introdução sobre os avanços da CMPC. “Nos sentimos honrados em ajudar a CMPC neste processo. Em 2020, a Covid-19 está mostrando a fragilidade da humanidade. Os sistemas de energia precisam ser descarbonizados e as cidades necessitam ser mais verdes. O sistema capitalista precisa de melhores incentivos para as companhias sustentáveis”, comentou.

Sob este viés, Ruiz-Tagle ressaltou algumas das conquistas da companhia em 2019, como projetos de engajamento com comunidades indígenas, incentivo ao empreendedorismo e de programas de integração cultural e no âmbito educacional. Em setembro de 2019, a empresa estabeleceu um comitê de sustentabilidade com propósito de estabelecer e supervisionar a implementação de uma estratégia de sustentabilidade. No ano passado a CMPC liberou, por exemplo, políticas sobre desenvolvimento sustentável que inclui diretrizes para mudança climática, integridade e compliance e diversidade e inclusão. Também foi apresentado que companhia atingiu  o percentual de 15,3% de mulheres atuando. “É um número positivo, o maior nos últimos 6 anos e precisamos continuar incrementando isso”, comemorou o CEO. A empresa também atingiu em 2019 o percentual de 90,3% de florestas com práticas sustentáveis certificadas. Por último, o executivo afirmou que a CMPC consumiu 98,212 TJ (Terajoule) de energia renovável, o que representa 69% do consumo total de eletricidade da empresa.

A CMPC é a maior fabricante gaúcha de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto, com 90% da produção destinada à exportação, especialmente para a fabricação de papéis de higiene pessoal (tissue), entre dezenas de outros produtos de alto valor agregado. A companhia é a 3ª no ranking Dow Jones Sustentaibility no Chile e pela primeira vez em mercados emergentes. Também possui a certificação do Carbon Disclosure Program (CDP), “título que é reservado à companhias que têm excelência em gestão ambiental, transparência e desempenho”, concluiu o CEO.

Gabriel Guedes