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Revendas ilegais de gás de cozinha predominam no País

No Rio Grande do Sul são vendidos 1,9 milhão de botijões por mês

Revendas ilegais de gás de cozinha predominam no País | Foto: André Ávila
Apesar de na última década a informalidade na venda de gás de cozinha ter reduzido 70%, ainda existem mais revendas ilegais do que legais no Brasil. Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), em 2010, havia 200 mil locais sem autorização para vender o produto e hoje são 60 mil em todo o país. Já os estabelecimentos regularizados passaram de 26 mil para os atuais 53 mil. Contudo, o presidente da entidade, Sérgio Bandeira de Mello, salienta que isso não quer dizer que sejam vendidas mais unidades sem certificado, pois os pontos clandestinos são menores, com pouca quantidade de cilindros. 
A cada 12 segundos, é vendido um botijão no Brasil, uma média de 33 milhões por mês. Só no Rio Grande do Sul são cerca de 1,9 milhão de unidades até 13 quilos a cada 30 dias.

Mesmo sendo indispensável nas cozinhas, os consumidores de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) têm muitas dúvidas e reclamam de serem enganados. Conforme Mello, é impossível adulterar o gás porque não existe nada que possa ser misturado ao combustível. Porém, há revendedores ilegais que entregam o cilindro incompleto. “Ninguém comete meio-crime. Todos que se propõem a cometer uma irregularidade, cometem duas”, avisa.

Para evitar essa prática, a fiscalização é realizada de forma compartilhada entre a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Estado e prefeituras. “É o segmento que mais tem atividade informal dos fiscalizados da ANP, porque é pulverizado. Em toda casa tem um botijão. Pode não ter água encanada, mas tem gás”, explica o coordenador do escritório regional da ANP, Edson Silva.

Em Porto Alegre, a venda irregular é praticamente nula, de acordo com o Procon Porto Alegre. Existem na Capital 150 estabelecimentos com todos os certificados exigidos e 5,5 mil no Rio Grande do Sul inteiro. O coordenador de Atendimento do Procon municipal, Roberval de Barros, explica que o comprador pode ser vítima do entregador. Ele mesmo já adquiriu um P45, que veio pela metade. “Liguei direto para a empresa e trocaram”, conta. Antes da venda do chamado “liquinho” ser proibida, o setor recebia muitas queixas sobre os recipientes de gás. Porém, com o reforço nas abordagens aos depósitos e revendas, as reclamações deram lugar aos telefonemas com dúvidas. “Muitas pessoas pensam que o preço é tabelado, mas não é”, diz.

O diretor de Fiscalização do Procon Porto Alegre, Valdemar da Silva Camargo, explica que o consumidor pode solicitar a pesagem do botijão ao adquiri-lo, ou na hora de devolver. “No de 45 quilos, pode ficar uma massa residual, porque, quando o gás é utilizado no fogão comum, ele se esvai na totalidade, mas quando é usado para banho, pode matar a pressão e não sair da garrafa”, esclarece. Quando existe uma diferença, a empresa é obrigada a descontar o valor. Os caminhões das autorizadas, normalmente, têm balanças. No Procon/RS, o número de queixas sobre a venda de gás é muito pequeno.

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Karina Reif / Correio do Povo