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Especial

Seca, embargo e protecionismo derrubam exportações do RS

FEE revela que recuo foi de 500 milhões de dólares nos primeiros cinco meses do ano

A estiagem, o embargo da Rússia e o protecionismo da Argentina provocaram forte queda nas exportações no Rio Grande do Sul nos primeiros cinco meses de 2012. Segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Fundação Estadual de Estatística (FEE), o recuo foi de 500 milhões de dólares, passando de 7,3 bilhões em 2011 para 6,8 bilhões de dólares neste ano. Apesar da queda, o Estado permanece em quinto lugar entre os exportadores brasileiros, representando 6,94% do total das exportações do País. Nos primeiros lugares estão São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.

A diminuição das exportações no Estado foi de 5,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O recuo mostra que o Estado está bem abaixo do nível nacional, já que houve crescimento de 3,1%. Em preço, também houve redução de 1,1%, inferior à média nacional, que foi de crescimento de 0,3%.

Apesar desse cenário, o presidente da FEE/RS, Adalmir Marquetti, está otimista com a recuperação das exportações nos próximos meses. Mesmo sem saber precisar se deverão suprir o déficit do início do ano, ele projeta que as melhorias deverão vir por parte das relações com a Rússia, já que a decisão do país de suspender a comercialização de carne suína gaúcha poderá ser revogada. Outro motivo para o otimismo do presidente é o final do período de estiagem. “Como a seca provocou a queda da safra, em especial de soja, ficamos sem produtos para exportar”, explicou.

Entre os setores, o que apresentou maior variação negativa foi o da agricultura. O percentual foi -32,5% em valor e -31,9% em volume. Nos cinco primeiros meses do ano passado, as exportações totalizaram 719 milhões de dólares, e neste ano 485 milhões de dólares. Já a indústria de transformação a queda foi de -9,3% em valor e -9,6% em volume. No ano passado foram 1.287 bilhão de dólares exportados e em 2012 o valor passou para 1.168 bilhão.

Em relação aos destinos, destacaram-se as reduções das vendas para a China (-14,5%), e para a Argentina (-12,9%), sendo que esta é tradicionalmente a segunda maior parceria neste tipo de negociação. Apesar do índice não ser alto, o valor total correspondeu a queda de 95,5 milhões de dólares.

Foi registrada ainda queda nas exportações para o Uruguai, no valor total de 57,8 milhões de dólares, representando queda de 25,3%. As exportações também diminuiram para a Arábia Saudita (- 35,2%) e Paraguai (-17,6%). Registraram aumento as negociações tendo como destino os Estados Unidos (18,3%), os Emirados Árabes Unidos (72,8%) e a Índia (217,6%).

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Mauren Xavier / Correio do Povo