Empresários de postos de combustíveis estão relatando elevação no preço dos produtos por parte das companhias distribuidoras em relação à semana passada, especialmente os estabelecimentos independentes (bandeira branca). Além do aumento nos valores dos combustíveis em mais de R$ 0,50 o litro, os postos sem bandeira estão enfrentando escassez de produtos.
O Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Estado do Rio Grande do Sul (Sulpetro), entidade que representa o setor no Estado, mostra preocupação com o ocorrido. “Na nossa visão, as distribuidoras estão segurando os estoques devido às indefinições do novo governo quanto à cobrança de PIS/Cofins e ‘reprecificando’ as margens de lucros”, avalia o presidente do Sulpetro, João Carlos Dal’Aqua.
Ele refere-se ao fato de o governo federal ainda não ter decidido se prorroga ou não a isenção dos impostos federais sobre combustíveis. “As companhias estão querendo maximizar seus resultados, neste final de ano, e já antecipando uma possível subida de preços a partir de janeiro de 2023”, projeta Dal’Aqua. O aumento ocorre antes do previsto.
O atual ministro de Minas Energia, Adolfo Sachsida falou que se houver a volta dos tributos, o litro da gasolina pode ter aumento de até R$ 0,69 a partir de 1º de janeiro. O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou que irá discutir com o presidente eleito Lula a possibilidade de prorrogar a validade da isenção do PIS e Cofins dos combustíveis mas pediu que o atual governo não prorrogue o corte dos impostos federais sobre combustíveis.
O assunto foi debatido com a equipe do atual ministro da Economia, Paulo Guedes, mas ainda não há definição sobre o tema.
Correio do Povo