Em nota, o diretor-presidente Manoel Zaroni Torres explicou que não existem restrições ambientais à manutenção da usina abastecida a carvão. “Nossas restrições são de final de vida útil dos equipamentos, pois alguns deles já estão alcançando a marca de 300 mil horas de operação”.
O secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, estima que 2,4 mil funcionários indiretos sejam demitidos. Além disso, a térmica tem 72 empregos diretos. O prefeito de Charqueadas, Davi Gilmar, argumentou que o impacto vai ser sentindo por toda a região, afetando fornecedores de carvão, terceirizados e transportadoras, por exemplo. Uma comitiva esteve em Brasília nessa semana para obter mais prazo para a adequação da planta, mas a resposta da Agência Nacional de Energia Elétrica foi negativa.
A usina de Charqueadas precisava se adequar às normas de uma Resolução Normativa de 17 de julho de 2012, da Aneel. A medida estabelece critérios de eficiência para as usinas de energia e entrou em vigor em dezembro. Os custos da operação, porém, inviabilizaram a manutenção da térmica. Conforme a nota, “os diferentes estudos demonstraram que uma nova Usina não teria retorno financeiro em 25 anos, que é o tempo utilizado para amortização desses investimentos no setor elétrico”.
Samantha Klein/Rádio Guaíba