O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nessa segunda-feira, durante visita oficial ao Japão, que seu governo ainda não está pronto para fechar um acordo comercial com a China, mas ressaltou acreditar que os dois países chegarão a um entendimento em algum momento no futuro. Trump fez a declaração durante coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. Ainda na coletiva, Trump comentou que os EUA têm um desequilíbrio comercial "inacreditavelmente" grande com o Japão e que Washington também fechará um acordo com Tóquio. Sobre o Irã, Trump disse "não estar buscando uma mudança no regime" do país do Oriente Médio.
A China declarou nesta segunda-feira que qualquer negociação comercial com os Estados Unidos deve se basear no "respeito mútuo" e na igualdade, depois que o presidente Donald Trump disse que há "boas chances" de chegar a um acordo. "Nós sempre dissemos que as diferenças entre os dois países devem ser resolvidas por meio de negociações e consultas amistosas", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang.
As duas maiores potências econômicas do mundo negociam desde janeiro um acordo para acabar com a guerra comercial iniciada no ano passado, que resultou em tarifas punitivas mútuas sobre centenas de milhares de dólares de mercadorias. Mas a tensão aumentou este mês, depois que Trump decidiu impor um novo aumento de tarifas a mais de 200 bilhões de dólares de produtos chineses.
Também contribuiu para o conflito a recente decisão do governo americano de colocar a Huawei em sua lista negra de empresas que ameaçam a segurança nacional, levando companhias como o Google a cortar os laços com a fabricante chinesa de telefones celulares. "Temos visto diferentes declarações sobre as negociações, inclusive de altos funcionários americanos", disse o porta-voz chinês. "Às vezes dizem que um acordo será alcançado em breve e outra que será difícil chegar a um acordo", mas "a posição da China tem sido constante", ressaltou Lu.
AFP