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Especial

Estudo aponta desigualdade étnico-racial na conclusão do Ensino Médio

Apesar de crescimento, percentual de alunos pretos e pardos que concluem a Educação Básica ainda é menor que de estudantes brancos

Mais de 60% dos jovens pretos de 19 anos concluíram o Ensino Médio em 2022, percentual quase dobrou desde o ano de 2012 (32,1%) | Foto: Samuel Maciel / CP Memória

A conclusão do Ensino Médio entre estudantes pretos e pardos ainda equivale a uma década de atraso, em comparação com alunos brancos. A informação é de um estudo recente, realizado pelo Todos Pela Educação, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2012 e 2022. A análise considera adolescentes com idade entre 15 e 17 anos, que frequentam ou já concluíram esta etapa de ensino, bem como os jovens de até 19 anos que finalizaram essa fase dos estudos.

No ano passado, os indicadores de jovens pretos e pardos, entre 15 e 17 anos, que concluíram o Ensino Médio, aumentaram, chegando a 72,3% e 73,5%, respectivamente. Em 2012, os percentuais eram de apenas 52,8% (pretos) e 57,4% (pardos). Esse aumento registra uma diminuição na desigualdade, porém ainda aponta que estudantes brancos continuam à frente, com maiores índices, sendo: 73%, em 2012 (número alcançado por pretos e pardos apenas no ano passado); e 82,1%, em 2022.

Jovens de 19 anos que concluíram a etapa do ensino

  • A análise ainda mostra que apenas seis em cada dez jovens pretos, de 19 anos, concluíram o Ensino Médio. Neste grupo, a taxa de conclusão dobrou nos últimos dez anos, saindo dos 32,1% (2012) para 61% (2022).
  • Entre os alunos pardos os percentuais também cresceram, de 42,7% (2012) para 62,4% (2022).
  • E dos alunos brancos, na mesma faixa de idade, o aumento foi de 62% (2012) para 75,3% (2022).

Para o diretor de Políticas Públicas do Todos Pela Educação, Gabriel Corrêa, apesar dos avanços, a desigualdade étnico-racial ainda permeia o sistema educacional brasileiro. “Os dados demonstram a urgente necessidade de ações voltadas à equidade racial, que somente serão efetivas se houver real comprometimento das lideranças políticas”, defendeu. 

Com estes dados também foi elaborada uma nota técnica, em conjunto com outras entidades/empresas ligadas à Educação, com informações sobre a desigualdade étnico-racial no que se refere à segurança alimentar, saneamento, violência, moradia, e outras. Também coordenaram o estudo a Mahin Consultoria Antirracista, com apoio da Fundação Lemann, Fundação Telefônica Vivo, Imaginable Futures, Instituto Unibanco e Itaú Social.  

 

Correio do Povo