Nesta segunda-feira (12/6), trabalhadores terceirizados de Escolas de Educação Infantil de Caxias do Sul realizam greve por melhores condições de trabalho. A orientação da Prefeitura da cidade é que os pais e responsáveis não encaminhem as crianças para os estabelecimentos e “busquem organizar suas rotinas da melhor forma possível”. Segundo a Prefeitura de Caxias, a greve altera o funcionamento de 48 instituições de ensino, que atendem cerca de 6 mil crianças.
A paralisação é organizada pelo Sindicato dos Empregados em Entidades, Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional de Caxias do Sul (Senalba), que representa educadores e parte dos funcionários terceirizados das instituições. De acordo com a entidade, entre os motivos para a greve estão: falta de trabalhadores (cuidadores, auxiliares de apoio docente, cozinheiras, educadores, auxiliares de limpeza); falta de materiais pedagógicos e de higiene; não pagamento de vale transporte ou auxílio combustível; assédio moral; falta de segurança; e estruturas precárias de trabalho (salas com goteiras, sem ventiladores, cozinhas sem exaustor, etc).
Em nota, a Prefeitura define a medida como “descabida, inoportuna e prejudicial às famílias que mantêm seus filhos nas escolas infantis.” Assinala que “todos os direitos dos funcionários estão garantidos, incluindo salários pagos em dia, além de existir uma comissão de negociação tratando das reivindicações”. E destaca que “o diálogo segue aberto em torno do transporte dos trabalhadores e outros temas”.
No dia 19/6, às 10h, uma nova audiência de conciliação deve ocorrer na 4ª Vara Regional do Trabalho, em Caxias do Sul. A gestão municipal afirma que segue “trabalhando no atendimento a todas as demandas possíveis, que extrapolam o acordo coletivo 2022-2024”. Entre as ações já adotadas é que neste mês as reuniões pedagógicas passem a ocorrer também por videoconferência, de forma híbrida. A partir de julho, os encontros serão presenciais e híbridos.
Correio do Povo