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Professores da rede estadual paralisam atividades em protesto

Em Porto Alegre, das cinco escolas visitadas pela reportagem, duas não tiveram aulas na manhã

Nesta terça-feira, ocorrerá o Ato Estadual em Defesa dos Contratados, pela não demissão, por concurso público e reajuste salarial | Foto: Guilherme Almeida

Educadores da rede estadual de ensino paralisaram nesta segunda suas atividades em protesto ao 45º mês de atraso no pagamento dos salários dos professores e funcionários de escolas. Em Porto Alegre, das cinco escolas visitadas pela reportagem do Correio do Povo, duas (colégios Júlio de Castilhos e Ernesto Dornelles) não tiveram aulas na manhã. Nas instituições de ensino Paula Soares e Protásio Alves, o dia foi normal com a presença dos professores na sala de aula; na última, os docentes e os estudantes participaram de reuniões do conselho de classe.

No colégio coronel Afonso Emílio Massot, no bairro Azenha, os docentes organizaram reuniões com os líderes de turma para explicar a adesão ao movimento. A instituição de ensino, que conta com 900 alunos e 60 professores, participará hoje de uma manifestação na Praça da Matriz, no Centro Histórico de Porto Alegre.

A presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, disse que o governo do Estado poderia ter resolvido a questão do atraso dos salários do magistério há muito tempo. "É uma categoria que vem sendo desrespeitada pelo Executivo que decidiu priorizar outras áreas", lamentou. Já a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou que tanto em Porto Alegre quanto no interior do Estado a adesão ao movimento foi baixa. Não foi divulgado pela secretaria e nem pelo Cpers um percentual de escolas paralisadas.

O Cpers informou que neste mês de setembro a primeira faixa será paga somente no dia 10 de setembro para quem recebe até R$ 1.100,00. No dia 11, serão quitados os salários de quem recebe até R$ 2.500,00. Quem recebe acima de R$ 2.500 líquidos terá os salários quitados pelo sistema de parcelas. A primeira será depositada dia 13 de setembro no valor de R$ 1.500,00. O próximo pagamento será de R$ 1.000,00 no dia 18 de setembro. Uma nova parcela será paga dia 10 de outubro no valor de R$ 2.500.

O saldo dos salários, para a quitação total da folha, será depositado no dia 11 de outubro. Segundo deliberação da última assembleia geral dos professores, a categoria deverá cruzar os braços no primeiro dia útil de cada mês posterior a um novo atraso salarial. A pauta de reivindicação pede a reposição emergencial de 28,78%, pagamento em dia e realização de concurso públicos para professores e funcionários de escola.

Nesta terça-feira, ocorrerá o Ato Estadual em Defesa dos Contratados, pela não demissão, por concurso público e reajuste salarial. A manifestação, que contará com a presença de centenas de educadores de diversas regiões do Estado, ocorrerá na Praça da Matriz a partir das 10h. O objetivo é pressionar os deputados estaduais para que aprovem a emenda parlamentar ao projeto de lei 392/2019 que autoriza o Poder Executivo a realizar a contratação emergencial de cinco mil professores e sinaliza para a realização de concurso público a partir de 2020. Protocolada pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, presidida pela deputada estadual Sofia Cavedon (PT), a emenda propõe garantir a manutenção dos atuais contratos emergenciais até que sejam substituídos por nomeados.

Claudio Isaías