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Especial

Professores realizam Ato Público Estadual com caminhada até o Piratini

Manifestação cobrou pagamento integral dos salários dos professores

Grupo fez caminhada após se concentrar em frente ao Instituto de Educação | Foto: Guilherme Almeida
Professores estaduais de diversas regiões do Rio Grande do Sul realizaram, nesta quinta-feira, uma paralisação por 24 horas marcada pelo Ato Público Estadual, protesto direcionado ao pagamento integral dos salários e contra o desmonte das escolas públicas, que teve início às 13h30min. A categoria esteve reunida em frente ao Instituto de Educação General Flores da Cunha, com o objetivo de chamar atenção da população para o abandono da instituição de ensino, considerada como um símbolo da educação no Estado. Os manifestantes seguiram em caminhada até o Palácio Piratini, passando pelas avenidas Osvaldo Aranha, Salgado Filho, Borges de Medeiros e pela rua Jerônimo Coelho.

O protesto, realizado às vésperas da eleição, foi organizado pelo Cpers e contou com a distribuição de material informativo com destaque para a frase "A Educação precisa do seu voto". A importância da escolha dos candidatos para o pleito foi enfatizada durante a manifestação. De acordo com a presidente da entidade, Helenir Aguiar Schürer, é preciso combater o que considera um descaso com a educação. "Dizer um basta para o atraso de salários que está matando a nossa categoria, pedir para que olhem para os servidores públicos e principalmente pela nossa categoria, que tem tão baixos salários. A nossa vida está virada de perna para cima, os professores hoje vivem, como muitos me falaram, fazendo empréstimos dos salários e pagando juros", disse.

Segundo Helenir, a categoria está chegando no limite. "Estamos nas ruas para dizer que o Rio Grande do Sul não merece mais quatro anos deste governo", ressaltou, referindo-se a José Ivo Sartori. Conforme ela, a paralisação durante as 24 horas deve servir de alerta para o Executivo. "Sinceramente, nós sabemos e acompanhamos a arrecadação. Se o governador quisesse e tivesse prioridade, pagaria os servidores. É uma opção do governo, que infelizmente está matando a nossa categoria", lamentou.

No ato, Helenir mencionou um fato trágico. Uma professora estadual de 51 anos cometeu suicídio na noite de terça-feira. "É um momento muito doloroso para todos nós, mas precisamos ter forças para continuar lutando", declarou. O Cpers inclusive divulgou uma nota intitulada "Precisamos falar sobre o suicídio de educadores(as) no Rio Grande do Sul". No texto consta a seguinte recomendação: "Se você conhece alguém que manifesta pensamentos suicidas, oriente para buscar ajuda profissional e informe-se sobre o Centro de Valorização da Vida, que oferece um número gratuito (188) para prestar apoio emocional e de prevenção ao suicídio".

Além disso, está em destaque na publicação que, há anos, o Cpers denuncia o sofrimento psíquico que assola a categoria, que, alerta Helenir, está "adoecida pelo descaso, o empobrecimento e o ambiente de trabalho cada vez mais hostil e persecutório. Não queremos fazer da dor uma bandeira política. Mas a indiferença mata. Precisamos, em defesa da vida dos nossos professores(as) e funcionários(as) de escola, falar sobre o que está acontecendo".

Jessica Hübler