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Verão

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Ação no Centro de Porto Alegre celebra dia da Doação de Órgãos

Médicos, transplantados e familiares abraçaram prédio da Santa Casa para simbolizar lista de espera

Médicos, transplantados e familiares abraçaram prédio da Santa Casa para simbolizar lista de espera | Foto: Tarsila Pereira
Para celebrar  o Dia Nacional da Doação de Órgãos, nesta sexta-feira, funcionários, transplantados e familiares da Santa Casa de Porto Alegre realizaram um abraço no entorno do prédio, no Centro da Capital, para simbolizar as pessoas que estão na lista de espera. Os profissionais da área da saúde distribuíram material informativo com a mensagem "1salva8". No fechamento do sinal na avenida Independência, o grupo estendeu um cartaz com a mensagem “Doar órgãos. Salva Vidas”.

Prova de que as campanhas geram resultados são dados do Ministério da Saúde. Eles mostram que aumentou a disposição dos brasileiros em doar. A negativa para doação caiu de 80%, em 2003, para 45%, em 2012. Nos últimos dez anos, o número de doadores dobrou, passando de 6,5 por milhão de pessoas para 13,5 por milhão de pessoas em 2013.

A médica Clotilde Garcia, responsável pelo Setor de Transplantes Renais no Hospital da Criança Santo Antônio, disse que a ideia da ação foi de chamar a atenção da sociedade gaúcha para a importância da doação de órgãos. “As pessoas precisam saber que somente podemos realizar os transplantes se as doações acontecerem”, destaca.

Segundo Clotilde, existem hoje 28 mil pessoas aguardando por um doador no Brasil. O lema  "1salva8" faz referência de que um doador pode doar os dois rins, coração, fígado, pulmões, pâncreas e córneas. Além disso, podem ser doados pele e ossos. A médica defendeu a inclusão do tema doação de órgãos nos currículos das universidades e das escolas gaúchas. “Existem mitos sobre a doação. Muitas famílias tem dúvidas e dizem não antes de ouvir os médicos. Em função dessa recusa dos familiares temos que realizar um trabalho forte de educação sobre o tema”, esclarece.

O diretor médico do Hospital Dom Vicente Scherer, José Camargo, diz que a iniciativa da Santa Casa é de mostrar que a fila de espera por um transplante existe e que as pessoas precisam comunicar a decisão à família. “Hoje, mais de 80% dos transplantes são realizados com sucesso, reintegrando o paciente à sociedade”, acrescenta. O Brasil é o segundo país do mundo em número de transplantes realizado por ano, sendo mais de 90% pelo sistema público de saúde.

Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) mostra que a lista de espera de doadores no Brasil no mês de junho era composta por 19.913 pessoas aguardando um transplante de rim, sendo 1.049 no Rio Grande do Sul. O estudo aponta ainda que 1.387 pessoas aguardam por um fígado no país, 133 das quais no Estado. Os dados identificaram 220 pacientes que necessitam de um coração no Brasil, 17 no RS.


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