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Especial

Ações do Agosto Laranja em Porto Alegre ampliam conscientização sobre pessoas com superdotação

Município realiza calendário especial com ações educativas e discussões sobre inclusão

Solenidade nesta terça-feira abriu calendário de ações do Agosto Laranja | Foto: Guilherme Almeida

Porto Alegre realiza pela primeira vez atividades do Agosto Laranja. A iniciativa permite a promoção de ações educativas em favor do reconhecimento das pessoas com altas habilidades ou superdotação. A abertura oficial do Agosto Laranja foi realiza nesta terça-feira na Pinacoteca Aldo Locatelli, no Paço Municipal.

O vereador Alvoni Medina (Republicanos) destacou que em 2019 instalou a Frente Parlamentar em defesa das pessoas com altas habilidades e superdotação para estabelecer políticas públicas no sentido de ampliar o atendimento nos aspectos emocionais e pedagógicos de alunos, professores e familiares. Para isso, foi criada a Lei 12815/2021, de sua autoria, que institui a Política Municipal de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e o atendimento especializado aos estudantes identificados com altas habilidades e superdotação em Porto Alegre.

Medina disse que o Agosto Laranja na Capital tem a proposta de ampliar a conscientização e combater o preconceito dentro das escolas. Durante as atividades do Agosto Laranja, o público poderá conferir a exposição “Um olhar sobre a superdotação”, que acontece até o dia 13 de agosto na Pinacoteca Aldo Locatelli, em Porto Alegre.

A presidente da Associação Gaúcha de Apoio às Altas Habilidades/Superdotação (Agaamsd), Lexandra Rodrigues, destacou que a ONG, criada em outubro de 1981, tem como objetivo lutar pelos direitos das pessoas com altas habilidades e superdotação. “Temos como prioridade básica, buscar melhorias nas políticas públicas, procurando contribuir com as famílias, educadores e com a sociedade, para que possam reconhecer, compreender e valorizar este público”, ressaltou.

A presidente da ONG disse ainda que os alunos precisam de recursos e apoio na sala de aula. O estudante Guilherme da Silva Rodrigues, 16 anos, salientou que no Brasil há cerca de seis milhões de pessoas com altas habilidades e superdotadas, que constituem um grupo pouco compreendido e negligenciado devido aos insuficientes programas direcionados para atender necessidades específicas e favorecer o desenvolvimento de homens e mulheres que vivem esta realidade. 

Segundo ele, as escolas não estão devidamente preparadas para maximizar o potencial de aprendizagem de alunos que apresentam atraso no desenvolvimento cognitivo e que o mesmo ocorre aos que se destacam por apresentarem potencial superior, inteligência ou criatividades elevadas, independentemente de algum tipo de deficiência.

“Para que as pessoas com altas habilidades e com superdotação sejam reconhecidas e respeitadas, com acesso a direitos básicos, é preciso desenvolver um olhar mais humano e buscar ações políticas de suporte", acrescentou. Rodrigues disse que é preciso escolas mais preparadas, educadores bem informados, profissionais mais qualificados, famílias amparadas e uma sociedade que compreenda que cada ser humano é único. "É preciso combater a falta de informação, o descaso e o preconceito, que tornam este público invisível”, comentou o jovem.

A solenidade no Paço Municipal contou com as presenças do prefeito em exercício, Ricardo Gomes, da secretária municipal de Educação, Janaina Audino, e do presidente da Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para PCD e PCAH no Rio Grande do Sul (Faders), Marquinho Lang.

Cláudio Isaías