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Verão

Especial

Amazonas e governo federal iniciam força-tarefa por oxigênio após colapso hospitalar

Em momento mais crítico da pandemia, pacientes infectados pelo coronavírus morrem por asfixia pela ausência do gás

| Foto: Sandro Pereira/Fotoarena / Estadão Conteúdo / CP

Em meio ao caos do momento mais crítico da pandemia no País, o governo do Amazonas e o Ministério da Saúde começaram na noite da quinta-feira a operação Oxigênio para abastecer os hospitais do Amazonas com o gás, cuja demanda disparou em índices de consumo após o aumento de casos de Covid-19. Os aviões com o produto chegaram no estado durante a madrugada desta sexta-feira. De acordo com o governador Wilson Lima, o plano começou a ser executado após as principais fornecedoras do produto não suportarem a demanda das redes pública e privada do estado, que passou a ser cinco vezes maior nos últimos 15 dias.

Para atender a necessidade dos pacientes de hospitais públicos quanto dos hospitais privados, as fornecedoras precisavam entregar 76,5 mil metros cúbicos (m³) diariamente. No entanto, a capacidade de entrega das empresas tem sido somente de 28.200 m³/dia. Para sanar o déficit de 48.300m³ diários, a operação busca o gás em Fortaleza e São Paulo para levar até Manaus em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

Segundo os médicos, o colapso provocou a morte de diversos pacientes na noite dessa quinta-feira. Com isso, o governo federal anunciou que levará pacientes para outros Estados. A estimativa é de que sejam realizadas 750 transferências. Profissionais de saúde disseram ainda que hospitais fecharam as portas na quinta-feira por falta de insumos e leitos, e precisaram de apoio da Polícia Militar para evitar invasões.

O governo estadual diz o que Amazonas vive a fase mais crítica da pandemia. Durante um pronunciamento, Wilson Lima destacou a dificuldade logística que do Estado para abastecer as unidades de saúde com oxigênio. "Desde a semana passada temos um esforço muito grande para complementar a produção que é feita aqui no Amazonas. Para isso, temos contato com o Ministério da Saúde e da Força Aérea Brasileira", afirmou.

De acordo com o secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, coronel Luiz Otávio Franco Duarte, os aviões da FAB têm condições de manter uma ponte aérea São Paulo-Manaus para complementar a produção de oxigênio em Manaus. Cada viagem de avião tem capacidade de abastecer a capital com 5 mil m³. “Diante do desabastecimento, não só aqui no Amazonas, mas em diversas partes do mundo, nós, abrimos a operação. A matemática é bem objetiva e mostra o esforço do SUS para equalizar esse item nobre", afirmou o coronel.

A logística da operação prevê também rota terrestre com insumos até Belém, saindo de Fortaleza, para chegar a Manaus por meio de aviões. Para atender com urgência as redes, o transporte terrestre e fluvial, que seria o procedimento mais comum, foi descartado.

Novos pedidos de oxigênio

Na quinta-feira, o governo do Amazonas requisitou o eventual estoque ou produção de oxigênio de 17 indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM). A medida tomada pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), tem como objetivo garantir a assistência de pacientes. A ação faz parte de uma série de esforços do governo do Amazonas para atender a alta demanda ocasionada pelas internações de pacientes com o novo coronavírus. A requisição de um estabelecimento privado é um ato administrativo previsto na Constituição Federal e na Lei nº 8.080/1990, a Lei do SUS.

O instrumento é um ato administrativo tomado pela autoridade competente diante de um perigo público iminente - no caso a explosão de casos de covid-19. Previsto tanto na Constituição quanto na Lei do SUS, o dispositivo prevê a requisição de bens privados, móveis e imóveis, inclusive serviços, indenizando posteriormente.

Disputa pelo produto

Diante do caos instaurado no estado pela elevada demanda do oxigênio, episódios de crimes envolvendo a apreensão do insumo. A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas apreendeu, na quinta-feira (14), um caminhão com cilindros de oxigênio, no bairro Alvorada, zona centro-oeste de Manaus. Um homem de 38 anos foi detido e vai responder por reter produtos para o fim de especulação e ficará à disposição da Justiça.

O secretário de Segurança, Coronel Louismar Bonates, esteve no local da denúncia e encontrou o caminhão, distante da empresa, com os cilindros distribuídos pela empresa. O fato ocorreu nas proximidades do Sesc Amazonas. Foram encontrados no caminhão 33 cilindros, dos quais 26 possuíam oxigê

R7