Além das apreensões, eles alegam que os guardas usaram de violência. Segundo um dos líderes do movimento, o senegalês Mor Talla Gueye, um colega foi fortemente agredido em uma operação na terça-feira. "Ele não tentou impedir a apreensão, apenas quis pegar o carrinho", relatou.
Camelôs brasileiros também fazem parte do movimento. Daniel da Silva afirmou que as apreensões têm acontecido em maior número neste mês. "A gente só quer trabalhar, todo dia tem apreensão. Eles já chegam nos xingando", reclamou.
Esta é a carta com as reivindicações dos camelôs pic.twitter.com/xMlDkMHo5V — Correio do Povo (@agora_CP) December 5, 2018
Três representantes dos ambulantes, dois brasileiros e um senegalês, se reuniram com o Coordenador de Promoção Econômica da Prefeitura, Luis Antonio Steglich. Após o encontro, Steglich deu a posição da administração municipal sobre o assunto. De acordo com ele, a prefeitura tem trabalhado para coibir o comércio ilegal. "Não podemos deixar de cumprir a lei", justificou.
Em relação às reclamações de violência da Guarda Municipal, o representante do executivo afirmou que o trabalho dos guardas não teve excessos. "Os guardas vão em grande número, mas não é para intimidar. É para garantir a segurança da equipe que está trabalhando. Já tivemos casos de fiscais agredidos durante fiscalização", afirmou.
Uma nova reunião entre a equipe de Promoção Econômica da Prefeitura e os representantes dos vendedores ambulantes foi marcada para a próxima quarta-feira para discutir o tema.
O Correio do Povo teve acesso ao vídeo em que um ambulante senegalês é agredido durante a abordagem dos Guardas Municipais. A prefeitura argumentou que ele estava como uma faca e agiu com violência.
A prefeitura argumentou que o senegalês estava com uma faca e que a ação foi necessária pic.twitter.com/YtdGnT6UXx
— Correio do Povo (@agora_CP) 5 de dezembro de 2018
Cristiano Munari