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Especial

Apae inaugura bibliotecas com modelo de inclusão em Porto Alegre

Unidades foram construídas a partir de doações

Unidade no bairro Glória, em Porto Alegre, foi batizada de Ciranda das Letras | Foto: Alina Souza

Mais do que locais destinados à leitura, espaços de total inclusão para crianças e adultos com múltiplas deficiências. Assim são as bibliotecas inauguradas nesta teraç-feira nas duas escolas da Apae Porto Alegre. Construídos através de recursos do Funcriança do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) – obtidos através da destinação de parte do Imposto de Renda - além de doações espontâneas, os ambientes foram pensados para contemplar as diferentes formas de se contar e ouvir histórias.

O presidente da Apae Porto Alegre, Vitor Hugo Castilhos, explicou que as escolas já contavam com bibliotecas informais, que eram utilizadas conforme as demandas, mas, há cerca de dois anos, começou-se a idealizar espaços mais completos para contemplar os alunos da instituição, que têm outras necessidades que não somente a leitura convencional. Dessa forma, partindo do princípio de que histórias contadas de diversas formas, se buscou um conceito mais amplo.

As bibliotecas contam, por exemplo, com brinquedos e jogos pedagógicos, palco para contação de histórias, mesas e quadro-negro que funcionam como uma extensão das salas de aula, estantes para obras técnicas voltadas à equipe multidisciplinar da Apae e, claro, livros para os alunos. Parte deles está exposta de frente, facilitando o contado com as imagens da capa, e todos tem uma divisão. Ao todo, são 130 siglas anexadas e que também estão em maior tamanho na parede, indicando do que o livro se trata. “Isso é acessibilidade”, resumiu o presidente.

A seleção do nome das bibliotecas também foi inclusiva. A Apae realizou um concurso com todos os alunos pedindo sugestões para nomear os locais. No final, os selecionados foram Ciranda das Letras, na Escola Nazareth, localizada no bairro Glória, e Mundo Encantado, na Escola Doutor João Alfredo de Azevedo, na Vila Nova. Os espaços contam com 82 e 73 metros quadrados, respectivamente, e custaram aproximadamente R$ 70 mil para serem construídos. Apesar de prontos, a instituição ainda conta com a doação de livros. No site portoalegre.apaers.org.br e na página www.facebook.com/apaeportoalegre há listas de obras que podem ser doadas.

A bibliotecária da Escola Nazareth, Eliete Brasil, disse que a instituição conta com alunos dos 7 até os mais de 70 anos de idade e que o espaço foi pensado para contemplar todos esses diferentes perfis. De acordo com ela, trata-se, portanto, de um local inclusivo em todos os aspectos. Ela também explicou que, em pouco tempo, já é possível perceber uma apropriação por parte dos alunos, além de uma inclusão dos pais.

Com uma filha com síndrome de down hoje com 32 anos, o presidente da Apae disse que o momento de inauguração das bibliotecas era motivo também de satisfação pessoal, pois foi na instituição que sua família encontrou um espaço para a filha exercer integralmente seu direito de cidadã. “Estou oferecendo aos meus quase 400 alunos um ambiente onde eles se sentirão totalmente inclusos.”

Henrique Massaro